Ciência e Tecnologia

Metaverso como ferramenta de vendas

Por ser um ambiente em que tudo é virtual, inclusive o dinheiro, é recomendado alguns cuidados para quem deseja empreender e vender no Metaverso

Por Assessoria 28/03/2022 11h30
Metaverso como ferramenta de vendas
Almir Neves - Foto: Divulgação

As tecnologias e inovações focadas em vendas estão em constante mutação nos últimos anos. Agora, a novidade é o Metaverso, ambiente virtual que pretende levar as pessoas a uma imersão na realidade virtual, podendo, inclusive, experimentar e comprar produtos e serviços tanto virtuais como físicos.

Embora ainda esteja engatinhando no Brasil, em outros países grandes marcas já fazem investimentos vultosos no Metaverso. Em novembro, um terreno virtual da Decentraland (Mana) no metaverso virou o mais valioso de todos os tempos depois de ser vendido por 618.000 Mana, um valor que equivale a cerca de US$ 2,4 milhões (cerca 13 milhões de reais), para a companhia Tokens.com.

O McDonald’s apresentou 10 pedidos de marcas registradas ao Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos EUA para a criação de um restaurante virtual no metaverso que entregará comida on-line e pessoalmente para os clientes.

Embora haja uma expectativa e um movimento grande em torno do Metaverso, este é um conceito que já existe faz tempo, iniciado pelo Second Life, jogo de simulação em 3D lançado pela Linden Lab para PC em 2003. Sem missões ou pontuação, sua ideia era apenas levar jogadores a uma nova vida, sem limites para a criatividade.

A diferença desse e outros jogos de imersão, como Counter Strike, em que o jogador pode comprar uma arma diferente ou um poder a mais para o seu avatar, o Metaverso tem grandes corporações como Microsoft e META, proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp, investindo pesado nessa plataforma. O próprio Second Life deve ganhar sobrevida com o Metaverso.

Por ser um ambiente em que tudo é virtual, inclusive o dinheiro, é recomendado alguns cuidados para quem deseja empreender e vender no Metaverso.

As moedas digitais, conhecidas como criptomoedas são os canais de pagamento dentro do metaverso e a forma de se identificar os itens adquiridos é através dos tokens únicos como os NFT (non-fungible token), um identificador que representa a escritura de uma mídia digital qualquer. Ao contrário de outras moedas como o dólar, real ou euro, o token não pode ser copiado ou dividido em partes menores, nem pode ser substituído por outro de igual valor ou espécie, o que o torna “não-fungível”.

Para garantir que os registros de propriedade estejam sempre corretos e atualizados, eles são armazenados em milhares de computadores em todo o mundo, no chamado blockchain, impedindo que a propriedade do ativo seja falsificada.

Eu mesmo já fiz uma experiência e coloquei algumas fotos minhas para venda como NFT. Tem gente, por exemplo, ganhando bastante dinheiro vendendo design como NFT, além dos exemplos de vendas de terrenos que citei anteriormente.

Empresas que estão avaliando tendências de vendas, acompanhando a evolução do mercado, devem considerar fortemente a possibilidade de vender seus produtos e serviços no Metaverso, pois muita gente mundo afora já está faturando alto nessa plataforma.

*Almir Neves é fundador da hubkn, empreendedor serial e nos últimos sete anos criou e participou do crescimento de cinco startups. Especialista em Negociação pelo PON (Program on Negotiation) da Universidade de Harvard, tem MBA em Gestão de Empresas pela FGV e especialização em Finanças pela FAE.

Sobre a hubkn

A hubkn faz parte do avanço tecnológico contribuindo para melhorar o dia a dia dos profissionais de vendas, fazendo com que eles se mantenham criativos e tenham as informações necessárias para executar seu trabalho, de forma que acelere o processo de vendas por meio de Inteligência Artificial, o Jordan.