Ciência e Tecnologia

Nova imagem da Lua anima astrônomos

Nova imagem da superfície do satélite terrestre natural foi obtida por uma equipe de astrônomos através do radiotelescópio de Green Bank, nos Estados Unidos

Por Texto: Matheus Barros com Olhar Digital 11/02/2021 17h49
Nova imagem da Lua anima astrônomos
Reprodução - Foto: Assessoria
Em dezembro de 2020 o radiotelescópio do observatório de Arecibo, em Porto Rico, desabou após 57 anos de operação. O local desempenhou papel fundamental em diversas descobertas astronômicas e sua desativação desmotivou diversos profissionais da área. Porém, uma nova imagem da Lua trouxe ânimo aos astrônomos. A nova imagem da superfície do satélite terrestre natural foi obtida por uma equipe de astrônomos através do radiotelescópio de Green Bank, nos Estados Unidos. O feito foi um grande marco por ser a primeira vez que este telescópio móvel com mais de 100 metros de diâmetro é utilizado desta forma. Apesar de ter apresentado resultado satisfatório, o novo sistema em Green Bank não foi desenvolvido para substituir o observatório de Arecibo. A ideia inicial é que os dois trabalhassem em conjunto, mas a deterioração e desabamento do radiotelescópio em Porto Rico impediu a união dos trabalhos. Karen O’Neil, diretora do observatório responsável pela nova imagem da Lua, afirmou que os resultados são fantásticos e que a primeira fase do experimento preliminar foi um sucesso. A técnica de radar consiste em enviar ondas de rádio para o espaço e investigar como essas ondas refletem na superfície, obtendo as informações a partir do eco que volta à Terra. Nesta nova experiência, a equipe do observatório montou um transmissor na antena do telescópio de Green Bank, que enviou um sinal à Lua que foi captado por outras antenas astronômicas nos Estados Unidos. A imagem mostra a região onde a nave Apollo 15 posou em 1971. Graças aos ecos obtidos pela tecnologia é possível reconstruir detalhadamente os relevos da Lua, incluindo crateras e montanhas. E com o sucesso do resultado, é possível pensar na construção de um sistema ainda mais potente, capaz de explorar objetos mais distantes da Terra.