Ciência e Tecnologia

Zuckerberg diz que vai 'lutar' se EUA quiserem dividir empresas de tecnologia

Presidente do Facebook citou candidata democrata à presidência dos EUA, Elizabeth Warren, que tem projeto de dividir gigantes do setor

Por G1 02/10/2019 17h07
Zuckerberg diz que vai 'lutar' se EUA quiserem dividir empresas de tecnologia
Reprodução - Foto: Assessoria
O portal The Verge teve acesso a áudios exclusivos de uma reunião semanal entre o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, e funcionários da empresa. O executivo fala sobre a preocupação de regulação das empresas de tecnologia, uma das principais pautas da candidata democrata ao governo dos Estados Unidos, Elizabeth Warren. Ele também falou de concorrentes, da criptomoeda Libra e de interfaces neurais de computação. Essas conversas são parte de uma sessão semanal que Zuckerberg mantém com os funcionários da empresa. Candidata democrata e regulação das empresas Warren é atualmente senadora e está entre as principais concorrentes nas primárias do partido Democrata, que vão decidir quem será o candidato a desafiar o presidente Donald Trump nas eleições de 2020. Ela tem uma proposta, chamada de "Break Up Big Tech", que prevê instaurar regulações sobre as empresas de tecnologia, que impeçam que elas sejam tão grandes como são atualmente. Segundo Warren, essas companhias têm muito poder em nossas economias, sociedade e democracia. Elas também seriam nocivas a competidores e usam informações privadas para lucro. "Você tem alguém como Elizabeth Warren, que acha que a resposta correta é dividir as companhias. Se ela for eleita presidente, então eu aposto que nós teremos um desafio legal à frente, e eu aposto que nós venceremos o desafio legal. E isso ainda é ruim pra gente? Sim. Eu não quero entrar num processo jurídico enorme contra o nosso próprio governo. Essa não é a posição que você quer estar." Mas, olha, no final do dia, se alguém ameaça algo tão existencial, você entra no ringue e luta", afirmou Zuckerberg. Em uma resposta publicada no Twitter, Warren afirmou que "o que seria realmente 'ruim' é se nós não consertarmos o sistema corrupto que permite que empresas gigantes, como o Facebook, possam manter práticas anticompetitivas ilegais, pisar em direitos de privacidade dos consumidores e repetidamente faltarem com responsabilidade para proteger nossa democracia".