Ciência e Tecnologia

Parlamentares dos Estados Unidos querem que Google reconsidere negócios com a Huawei

'Estamos decepcionados porque o Google está mais disposto a apoiar o Partido Comunista Chinês que os militares dos EUA', disseram deputados e senadores ao CEO do Google, em carta

Por Reuters e G1 21/06/2018 16h00
Parlamentares dos Estados Unidos querem que Google reconsidere negócios com a Huawei
Reprodução - Foto: Assessoria
Um grupo de parlamentares dos Estados Unidos pediu ao Google, da Alphabet, nesta quarta-feira, para reconsiderar seu trabalho com a empresa de telecomunicações chinesa Huawei, descrita por eles como uma ameaça à segurança nacional. A preocupação foi manifestada em carta enviada ao presidente-executivo do Google, Sundar Pichai. Assinada pelos senadores republicanos Tom Cotton e Marco Rubio, pelos deputados republicanos Michael Conaway e Liz Cheney e pelo deputado democrata Dutch Ruppersberger. No documento, os legisladores compararam a aliança com a empresa chinesa e a recente recusa do Google não renovar o "Projeto Maven", uma parceria de pesquisa de inteligência artificial com o Departamento de Defesa dos EUA. "Apesar de lamentarmos que o Google não queira continuar uma longa e frutífera tradição de colaboração entre as empresas militares e de tecnologia, estamos ainda mais decepcionados porque o Google está mais disposto a apoiar o Partido Comunista Chinês que os militares dos EUA". A Alphabet não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A carta foi a mais recente de uma série de esforços de membros do Congresso dos EUA para atingir Huawei e a ZTE, outra grande empresa chinesa de equipamentos de telecomunicações. Os parlamentares apresentaram projetos de lei que impedem as agências governamentais de usar os produtos das empresas e tentam derrubar o acordo do presidente Donald Trump de encerrar a proibição contra a ZTE. No início deste mês, outro senador, o democrata Mark Warner, escreveu à Alphabet e outras empresas de tecnologia perguntando sobre quaisquer acordos de compartilhamento de dados com fornecedores chineses.