Ciência e Tecnologia
Projeto Arboretum: de terreno abandonado à área reflorestada
Onde havia lixo, hoje há uma mata que surgiu de projeto acadêmico
Do latim, a palavra 'arboretum' tem o significado de jardim botânico ou área destinada para o cultivo de uma vegetação. Em Maceió, uma parte abandonada da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) deu origem a uma região de aproximadamente 4 hectares (40.000 metros quadrados) de mata, contendo as mais diversas espécies vegetais, além de algumas espécies de animais. O Arboretum da Ufal foi iniciado pela professora Cecília Bello, do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), no ano de 2002, e surgiu de modo espontâneo.
“O projeto começou só com mudas de pau-brasil. Na época, ainda era o CCBI [Centro de Ciências Biológicas], na Praça da Faculdade. A ideia era fazer uma homenagem aos 500 anos do Brasil, que foi em 2000, e trabalhar a parte de educação ambiental. O objetivo era visitar várias escolas. Então levávamos uma exposição fotográfica e as mudas de pau-brasil. Plantávamos uma árvore em cada local que a gente ia”, afirma Cecília Bello.
Com o tempo, a professora diz que outras espécies de vegetais começaram a ser coletadas para o projeto, porém a quantidade de plantas ficou tão grande que foi necessário um espaço só para elas. “Começamos a introduzir espécies como ipê, sucupira e outras árvores, todas nativas da flora brasileira, principalmente da Mata Atlântica. Isso ainda no CCBI. De repente, o projeto não tinha como crescer mais, pois não tínhamos mais espaço por lá. Entramos em contato com a reitoria [da Ufal] para conseguirmos uma área no campus para trabalharmos com essa produção de mudas. E aí foi quando o terreno foi disponibilizado para nós”, conta.
A professora relembra que o terreno ofertado para o Arboretum estava praticamente abandonado. Havia detritos e entulhos por todos os lados. “No terreno, não havia praticamente nada, exceto muita metralha. Eram restos de construções de obras da própria Ufal. Tinha um funcionário da universidade que gostava de plantar, então encontramos, no meio dos entulhos, algumas sucupiras que tinham sido plantadas por ele. Fora isso, no terreno, também tinha um baobá que foi trazido por um professor”, recorda.
Para a limpeza da área, Cecília Bello diz que foi usado um maquinário para a remoção dos entulhos. “Tinha uma máquina que fazia escavação. Após a retirada da maior parte dos detritos, ainda sobraram restos de lâmpadas fluorescentes pelo chão. Aí começamos a plantar. Para cada muda que a gente plantava, a gente não cavava no local apenas o espaço para a planta. A gente abria um espaço de, pelo menos, um metro quadrado. E assim trabalhávamos em cada lugar que íamos plantar”, afirma. A professora recorda que as primeiras mudas plantadas no terreno foram de sucupiras e de vários tipos de ipês, além de uma grande quantidade de pau-brasil. “O contorno de toda a área, a frente e as laterais, foi preenchido com mudas de pau-brasil”, diz.
Cecília Bello conta que, na época, também foram plantados visgueiros, peroba do campo, jacarandá-mimoso, pau-de-jangada, entre outras várias espécies. A professora diz que, ainda no início das plantações no terreno, os estudantes universitários já tinham contato com o Arboretum, que já começou como um projeto de extensão. “Na época, era um grupo de estudantes de biologia. Devia ter cerca de dez alunos e começaram, no projeto, comigo. A construção do viveiro de mudas foi feita por mim e os alunos. Depois, outros alunos tiveram interesse no projeto, como os dos cursos de agronomia e geografia. Após um tempo, começamos a trabalhar com plantas para paisagismo, e aí entraram estudantes de arquitetura. Os alunos de pedagogia formaram uma grande equipe e a gente trabalhava, com eles, a educação ambiental dentro das escolas”, afirma a professora.
Atualmente aposentada, a professora Cecília Bello deixou o projeto no ano de 2006. “Eu me aposentei e saí. Passei a coordenação do projeto para a professora Flávia de Barros Moura [também do ICBS]. Durante meu tempo lá, fizemos parceria com o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] e com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, através do Parque Municipal, e fazíamos troca de mudas e troca de ideias. Tinha vários eventos que a gente trabalhava junto, como, por exemplo, projetos do Ibama ligados à Funai [Fundação Nacional do Índio] para desenvolvermos viveiros de mudas em aldeias indígenas”, relembra.
ÁREA VERDE URBANA
A professora do ICBS Flávia de Barros já foi coordenadora do projeto Arboretum e, assim como Cecília Bello, ressalta a importância da participação do estudante universitário no local.
“Eles têm a oportunidade de conviver com uma mata diariamente, que é algo muito difícil. É claro que é uma mata em uma escala bem menor e ela não tem a biodiversidade de uma mata natural, mas ali o estudante vai ter a oportunidade de conhecer muitas espécies e vai ter a chance de fazer todos os processos de recuperação [de uma mata]: vai plantar sementes e colocar para germinar”, diz a docente.
Além de ser uma etapa diferenciada no currículo universitário, Flávia ressalta os benefícios que uma área reflorestada do tamanho do Arboretum pode oferecer para a cidade. Ela diz que, além de ser uma área de manutenção do clima, o local, situado no bairro do Tabuleiro do Martins, pode prevenir inundações.
“Existe o fator da manutenção da diversidade biológica e existe o fator de ser uma área verde urbana. Também é uma grande área que não está impermeabilizada, como é a maior parte da área urbana de Maceió, ou seja, é uma área onde o solo permite infiltração. Dessa forma, ele já previne, de certa maneira, enchentes que possam acontecer naquela região, pois também a água é absorvida pela própria vegetação do lugar. É um local que, se fosse impermeabilizado, a água que caísse ali iria para as ruas, por exemplo”, afirma.
O Arboretum da Ufal, segundo Flávia de Barros, ainda não é aberto à comunidade de fora da universidade, porém a professora afirma que, ainda neste ano, há planos para a área ficar acessível à população em geral. “Neste momento, a gestão que assumiu está cercando toda a área com alambrado, para dar mais segurança ao local”, diz.
A professora ressalta que, em 16 anos de projeto, a área reflorestada da Ufal transformou-se até no habitat de algumas espécies de animais. “Já encontramos muitos lagartos, cobras, inúmeros insetos, diversos pássaros, como beija-flor, raposas e ouriços. Há crianças do bairro que, inclusive, já tentaram pegar pássaros lá usando alçapão, mas já advertimos que não podem fazer isso”, comenta.
De acordo com Flávia, Maceió é uma das cidades brasileiras com pior índice de arborização. O censo demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprova a declaração da docente. Com 57,3% de área arborizada, Maceió ocupa o lugar de número 3.855 entre 5.566 cidades brasileiras, atrás de capitais como Recife, Fortaleza e João Pessoa. No mesmo censo, é possível ver a segunda maior cidade alagoana, Arapiraca, localizada no Agreste, no lugar de número 2.831.
“Maceió é uma das piores capitais em termos de área verde urbana no Brasil. Muitos bairros daqui estão muito aquém das recomendações mundiais. Então qualquer área verde que a cidade tenha é muito importante e o Arboretum é uma delas”, afirma a professora.
Segundo a docente, talvez a maior lição que as pessoas possam tirar do Arboretum da Ufal é verem que é possível reflorestar uma área totalmente abandonada. “Se alguém for ver o Arboretum por algum aplicativo de mapas e for passando os anos, de 2002 até hoje, é algo interessantíssimo, pois terá a oportunidade, pelo aplicativo, de presenciar o crescimento de uma mata que vai se fechando, ano após ano, em um lugar que antes era sujo, tomado por lixo, pneus e outros detritos”, declara.
A idealizadora do projeto, Cecília Bello, afirma que falta ainda educação ambiental à população para que Maceió torne-se uma cidade arborizada. “Uma das atividades que fazíamos era o fornecimento de mudas a comunidades de vários bairros de Maceió através de associações. No dia do plantio, as pessoas festejavam muito, mas depois não tomavam conta. As plantas morriam dessa forma. Muita gente pensa que criar uma área arborizada é só colocar uma planta e deixar lá. Elas se esquecem de cuidar”, diz Cecília.
PLANOS, RECURSOS E PESQUISAS
“O Arboretum [da Ufal] é um conjunto de espécies arbóreas de todos os biomas”. Assim o projeto é definido pelo engenheiro florestal Régis Villanova, que está no Arboretum há um ano. Ele conta que, dentro do projeto, trabalha com a parte de educação ambiental, orientando os visitantes da comunidade acadêmica sobre as espécies vegetais. Régis também supervisiona e orienta universitários que fazem estágio e desenvolvem pesquisas no local.
O engenheiro florestal afirma que, ao chegar no Arboretum, em 2017, encontrou o local sem condições de receber visitas de fora da comunidade acadêmica. “O Arboretum passou cerca de dois anos parado. Agora, estamos iniciando um programa de trilhas ecológicas de identificação das espécies para começarmos a chamar escolas”, diz.
Segundo Régis, o programa de trilhas ecológicas foi uma iniciativa conjunta com 14 estudantes do curso de ciências biológicas da Ufal que chegaram no projeto recentemente para fazer estágio. “Começamos a revitalização de trilhas antigas e a construção de novas trilhas”, relata. Por causa das trilhas, placas estão sendo confeccionadas pelos participantes do projeto para identificar as espécies vegetais. As atividades de confecção das placas e pesquisas relacionadas ao Arboretum acontecem em um laboratório dentro da área reflorestada, o qual também funciona como recepção do lugar.
De acordo com o engenheiro, o projeto ainda está em busca de recursos para por em prática as atividades planejadas. “Dentro do Arboretum, há um local específico para produção de mudas. Eu, como engenheiro florestal, pretendo buscar recursos para reativar essa parte. Servirá até para fazer doações de mudas para futuras visitas de escolas por lá. Eu acredito que, até o próximo ano, a produção de mudas já esteja funcionando. Não será algo visando, de forma alguma, a comercialização. Estamos pensando também na demanda da própria Ufal para arborização da universidade”, afirma.
A pesquisa também faz parte do cotidiano da área reflorestada. Régis Villanova conta que iniciou um estudo no local com dois estudantes do curso de engenharia florestal da Ufal que estão dentro do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). “Estamos fazendo o levantamento arbóreo da área e a quantificação do que tem lá, ou seja, conhecer as espécies que têm lá dentro. É o primeiro passo de identificação das espécies para retomar com as trilhas”, conta.
Como não há mais perspectiva de aumento da área do Arboretum da universidade, segundo Régis, atualmente só há plantio no lugar se a espécie oferecida ainda não estiver na área reflorestada. “Recentemente, um técnico da Ufal doou uma espécie que não tinha lá e plantamos. Na época, fizemos até uma aula para os estudantes do primeiro semestre da engenharia florestal. A espécie é popularmente conhecida como 'árvore-gloriosa' e é originária da ilha de Madagascar”, diz.
Régis afirma que, apesar de não ter sido feito nenhum tipo de análise química sobre a qualidade do solo do Arboretum, ele considera que o local é altamente recomendável para o plantio. “O Arboretum foi feito há mais de 15 anos. Pela minha experiência em relação à mata, à floresta em si, a área é um tremendo sucesso de restauração florestal. Para ter esse sucesso, além do solo, teve uma irrigação, obviamente. Eu considero que o solo é adequado, embora deva ter algum elemento químico, talvez alumínio ou algo assim, em grande quantidade. Porém não foi fator limitante para o crescimento das plantas”, declara.
Segundo o engenheiro florestal, não há adubação e nenhum tipo de tratamento para as plantas do local desenvolverem-se, mas ele destaca que um dos grandes problemas que apareceram na área verde foi a presença de insetos, como cupins e formigas cortadeiras. “Estão acontecendo casos, inclusive, de superpopulações de formiga cortadeira. Eu já fiz algumas aplicações com iscas granuladas e estamos tentando outras alternativas que não tenham inserção de nada químico, pois essas iscas ainda contêm, no princípio ativo, produtos químicos”, diz.
Os insetos são tão nocivos que o engenheiro afirma que algumas árvores já morreram devido ao ataque das formigas. Régis diz que é importante que a Ufal tome uma proximidade maior com o projeto e viabilize mais recursos para a área reflorestada. “Estamos buscando isso, até porque a Ufal tem, na sua curricularização, a extensão, que é obrigatória para todos os cursos. Nós pretendemos tornar o Arboretum uma grande unidade para outros cursos desenvolverem extensão e, para isso, precisaremos de recursos para manter o local organizado”, fala o engenheiro florestal.
“PESSOAS NÃO VEEM PLANTAS COMO VEEM ANIMAIS”
O professor do ICBS Gilberto Justino é o coordenador atual do Arboretum da Ufal e vê o projeto, principalmente, como um espaço voltado à conservação do meio ambiente.
“Pelo Arboretum, é possível a gente ver que se pode fazer um trabalho fantástico de revegetação de uma área degradada. Você imagina que o projeto foi feito em 2002 e a gente chega lá hoje e olha um espaço totalmente formado por uma revegetação toda estabelecida. Principalmente para crianças e adolescentes que venham a visitar o local, a área transmite uma mensagem sobre a importância da vegetação para a manutenção da vida do jeito que a gente conhece. Às vezes, as pessoas não têm a noção da importância que uma vegetação tem. Elas não veem plantas como veem animais, por exemplo. A maioria pensa que planta é algo que não tem movimento, então é uma coisa desinteressante”, declara o professor.
De acordo com o engenheiro florestal Régis Villanova, atualmente, cerca de 140 espécies vegetais estão plantadas no Arboretum da universidade. O professor Gilberto Justino afirma que, para a comunidade acadêmica, a área reflorestada vai além de pesquisa e extensão. “Também é um espaço para se trabalhar a noção de pertencimento da comunidade universitária ao meio ambiente”, diz Justino.
No vídeo abaixo, Régis Villanova explica sobre as atividades na área reflorestada da Ufal:
Gilberto ressalta que há planos para se começar um projeto com plantas medicinais dentro do Arboretum, porém ele diz que, no momento, o lugar está em fase de revitalização para que, depois, a área esteja adequada para receber visitas e até retomar a produção de mudas. “Estamos preparando o espaço para voltar às atividades, como, por exemplo, receber crianças e adolescentes de escolas públicas e falar sobre educação ambiental”, afirma.
O professor Gilberto também ressalta que dois setores do ICBS, de botânica e de práticas pedagógicas, que é ligado à formação de licenciados para ensinar biologia, fizeram uma parceria. Segundo o docente, duas professoras do setor de práticas pedagógicas juntaram-se à gestão do Arboretum para, em um futuro próximo, facilitar a visitação de estudantes no local. “Vamos aproveitar que elas já têm o contato com escolas municipais e estaduais para, em breve, levar essas escolas lá. Estamos preparando melhor o espaço para isso”, diz.
OLHAR MODIFICADO E APRIMORADO
A estudante Rayane Ferreira, do 5º período do curso de ciências biológicas da Ufal, está no projeto há dois meses e disse que o contato com o Arboretum a fez ter uma visão maior em relação à vida.
"O objetivo principal do projeto, no meu ponto de vista, é estimular uma mudança de atitude das pessoas no que se refere à relação que possuem com a natureza. Isso vale para a comunidade acadêmica e os moradores do entorno”, ressalta Rayane.
A jovem tomou conhecimento do Arboretum em disciplinas ministradas em sala de aula. "Fiquei sabendo do projeto através de professores responsáveis pela disciplina de estágio obrigatório. Então resolvi participar, principalmente, por causa do local e sua localização e por saber da importância de se preservar o meio ambiente", explica.
Rayane diz que o que chamou a sua atenção foi o fato de o projeto ter partido da iniciativa de revitalizar um ambiente que estava esquecido pela comunidade acadêmica e pela população em geral. "A preservação do espaço é importante para as futuras gerações'', avalia.
A universitária afirma que a visão do curso de ciências biológicas mudou após ela entrar para o Arboretum. "O contato com a natureza modifica nosso olhar para as disciplinas, como as que estudam as relações ambientais até as que estudam o próprio ser vegetal ou animal. A gente liga o conhecimento adquirido em sala de aula ao reconhecimento de espaços não formais de ensino como um meio diferenciado para desenvolver mais conhecimento. O Arboretum é um desses espaços'', diz.
Rayane Ferreira declara que a vivência no projeto vai ajudar nas práticas profissionais após a conclusão do curso. "O Arboretum vai me auxiliar, principalmente, na construção e na elaboração de estratégias para que um ambiente esquecido seja reconhecido. Além de tudo, existe o trabalho em equipe e o fato de oferecer à comunidade meios de lazer que são atrelados ao conhecimento", avalia.
A estudante critica a falta de mais áreas florestadas em Maceió e diz que as que existem não possuem divulgação ou atividades que sejam atrativas para a população. A universitária avalia que existe um desconhecimento por parte da população em relação à preservação ambiental.
"O desconhecimento ou a não importância do que o meio ambiente possui é, infelizmente, uma situação corriqueira encontrada no nosso cotidiano. Isso pode ser observado nas áreas verdes que estão sendo destruídas e nos lixos encontrados nas ruas”, comenta Rayane.
Ela acredita que a divulgação de informações sobre a importância de áreas verdes pode ser útil. "Disseminando as reais formas de como respeitar a natureza e educando as crianças de hoje, um futuro próximo será promissor para a preservação do meio ambiente, já que não somos organismos à parte do meio ambiente, mas fazemos parte dele", conclui.
FALTA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O universitário Anderson Arthur dos Santos cursa o 5º período de engenharia florestal na Ufal e avalia que o projeto chama a atenção de maneira positiva pelo sucesso da restauração florestal da área.
"Conheci o projeto através do curso de engenharia florestal do CECA [Centro de Ciências Agrárias], mais especificamente pela disciplina de dendrologia, onde estudamos plantas lenhosas, principalmente árvores. O professor Rafael Ricardo realizava aulas práticas e, em algumas, a turma teve o prazer de conhecer o Arboretum. Ao término da disciplina, fui indicado pelo professor para participar do PIBIC do projeto, tendo o Régis Villanova como orientador”, lembra o estudante.
Apesar da importância do Arboretum, Anderson destaca que ainda há falta de interesse de pessoas da comunidade acadêmica em preservar o projeto. “Gera descontentamento. Observo também a falta de programas de preservação e educação ambiental por parte de professores da comunidade universitária”, afirma.
O estudante conta que está há pouco mais de seis meses no projeto e diz que o conhecimento e a experiência que está obtendo vão ser importantes para o futuro. “Estou tendo o privilégio de participar de algo muito relevante tanto para o meio ambiente quanto para nós, seres humanos, e, ainda, ao lado dos poucos engenheiros florestais que estão presentes no estado”, diz.
No Arboretum, Anderson dos Santos realiza algumas atividades junto com os demais universitários, tudo com a supervisão do engenheiro florestal Régis Villanova. “No andamento do projeto, crio novas perspectivas sobre a engenharia florestal na área acadêmica e no mercado de trabalho”, ressalta. Entre as atividades feitas no projeto, Anderson explica que há uma sobre fitossociologia – área que estuda comunidades vegetais e suas relações com o meio – do Arboretum.
Abaixo, a universitária Thayna Torres, que cursa ciências biológicas na Ufal e também participa do projeto, comenta sobre a atuação no Arboretum:
O futuro engenheiro florestal Anderson Arthur demonstra preocupação com a atual situação do meio ambiente brasileiro e cita, como exemplo, a fragmentação da Mata Atlântica, que, segundo ele, vem causando problemas à biodiversidade.
“Devido a isso, estão cada vez mais escassos os serviços ambientais que as florestas nos oferecem de graça, como, por exemplo, o fornecimento de água potável, arborização, ciclagem de nutrientes, entre outros. A presença de áreas florestadas em Maceió, além de preservar fauna e flora, também gera ganhos à sociedade. É importante que essa sociedade compreenda que, antes de habitarmos nossas casas, somos moradores do planeta Terra, que tanto sofre quando nossas ações não colaboram para uma vida mais harmônica”, conclui.
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