Ciência e Tecnologia

Facebook admite erro ao perguntar se deveria impedir ou não homens de pedir fotos sexuais

'Isso não deveria fazer parte dessa pesquisa. Foi um erro', afirmou vice-presidente

Por G1 06/03/2018 17h53
Facebook admite erro ao perguntar se deveria impedir ou não homens de pedir fotos sexuais
Reprodução - Foto: Assessoria
Facebook admitiu ter errado ao perguntar a usuários se deveria impedir homens de pedir fotos sexuais a garotas de 14 anos na rede social. O questionamento fazia parte de uma pesquisa de opinião. Alguns dos itens foram publicados no Twitter e geraram polêmica no Reino Unido. A primeira pergunta sugeria: “Há uma grande quantidade de tópicos e comportamentos que aparecem no Facebook. Pensando em um mundo ideal em que você poderia fixar as políticas do Facebook, como você lidaria com o seguinte: uma mensagem em que um homem adulto pede a uma garota de 14 anos por imagens sexuais” E dava as seguintes sugestões de resposta: Esse conteúdo deveria ser permitido no Facebook, e eu não me importaria de vê-lo; Esse conteúdo deveria ser permitido no Facebook, mas eu não quero vê-lo; Esse conteúdo não deveria ser permitido no Facebook, e ninguém deveria vê-lo; Eu não tenho preferência nesse tópico. Já a segunda pergunta propunha: “Quando pensando sobre regras para decidir se uma mensagem privada em que um homem adulto pede a uma garota de 14 anos por imagens sexuais deveria ou não ser permitida no Facebook, de forma ideal, quem você acha que deveria decidir sobre as regras?” E apresentava as opções de resposta: Facebook decide as regras; Facebook decide as regras com o conselho de especialistas externos; Especialistas externos decidem as regras e informam ao Facebook; Usuários do Facebook decidem as regras por votação e informam ao Facebook; Eu não tenho preferência nesse tópico. As perguntas geraram a indignação até de congressistas no Reino Unido. Ao jornal “The Guardian”, Yvette Cooper afirmou que “essa é uma pesquisa irresponsável e estúpida”. “Homens adultos pedindo por imagens sexuais a garotas de 14 anos não é só contra a leia, é completamente errado e um terrível abuso e exploração de crianças”. Depois da repercussão negativa, Guy Rosen, vice-presidente de produto do Facebook, afirmou que a opção pelas perguntas foi um “erro” neste domingo (4). “Nós conduzimos para entender como as comunidades pensam sobre como nós estabelecemos políticas. Mas esse tipo de atividade é e sempre será completamente inaceitável no Facebook. Nós regularmente trabalhamos com autoridades se os identificarmos. Isso não deveria fazer parte dessa pesquisa. Foi um erro.”