Ciência e Tecnologia
Senai de Alagoas participa de desafio nacional com seis projetos integradores
Solenidade de premiação da etapa regional ocorreu no último dia 20 de outubro
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Alagoas selecionou seis projetos, entre 75 inscritos, para concorrer na etapa nacional do Desafio Senai de Projetos Integradores (DSPI), edição 2017. A solenidade de premiação da etapa regional ocorreu no último dia 20 de outubro, no auditório do Centro de Formação Profissional Gustavo Paiva, no bairro do Poço, em Maceió. Os vencedores nacionais serão conhecidos no dia 20 de novembro, em Brasília-DF.
O DSPI é uma iniciativa do Departamento Nacional do Senai que tem por objetivo fomentar o uso da Metodologia Senai de Educação Profissional e o empreendedorismo como processo de inovação pela educação. “Trata-se de uma estratégia educacional que busca levar para as salas de aula os desafios que fazem parte do dia-a-dia das empresas e propor uma solução”, explica Nívia Andrade, gerente executiva de Educação do Senai/AL.
Os projetos também são acompanhados pela Coordenação de Tecnologia do Senai/AL. De acordo com Nívia, as soluções propostas pelos estudantes devem considerar realidades das indústrias locais, visando desenvolver soluções para o setor produtivo e a melhoria da qualidade de vida da sociedade.
“O Desafio contribui para o desenvolvimento do potencial empreendedor dos alunos e facilita o processo de ensino e aprendizagem uma vez que os projetos possibilitam a oportunidade de aliar teoria e prática de forma interdisciplinar”, acrescenta a gerente executiva. Nívia Andrade lembra que, nas duas primeiras edições do Desafio Senai de Projetos Integradores, Alagoas garantiu o primeiro lugar no pódio com os projetos Agrowater, em 2015, e Production Tool, em 2016.
Os projetos inovadores desenvolvidos pelos alunos nas modalidades Habilitação Técnica e Aprendizagem Industrial, supervisionados pelos docentes do Senai/AL, contemplam os setores de construção civil, metalmecânica, gestão, logística, informática e segurança do trabalho.
A etapa regional teve como vencedor, na categoria Habilitação Técnica, o projeto Ortofibra (Unidade Integrada Sesi/Senai de Atalaia). Em 2º e 3 º lugares ficaram, respectivamente, os projetos Concreto Mundaú e Simulation Pratice Work – SPW (ambos da Unidade Integrada Sesi/Senai de Maceió).
Na Aprendizagem Industrial venceu a ideia Leve Obra (Centro de Educação Profissional Napoleão Barbosa); Coco Innovare (Centro de Formação Profissional Gustavo Paiva) – 2º lugar; e Auto Green (Centro de Educação Profissional José Gomes Barbosa, de Arapiraca), em 3º.
Conheça os projetos:
Modalidade Aprendizagem Industrial
1º lugar: Leve Obra
Um sistema modular de alta adaptabilidade (vertical e horizontal) sem a necessidade de madeirites, alvenarias provisórias utilizadas atualmente ou qualquer outro material descartável, reduzindo, assim, os custos gerais de matéria-prima e mão de obra, como também evitando a geração de resíduos sólidos. No sentido econômico, um ótimo negócio; no sentido ambiental, uma opção sustentável.
2º lugar: Coco Innovare
Utilização do pó do caco do coco como elemento para a constituição de tijolos ecológicos.
3º lugar: Auto Green
Sistema automatizado que melhora o produto final em um viveiro de mudas, além de trazer benefício de consumo para a empresa ou indústria.
Modalidade Habilitação Técnica
1º lugar: Ortofibra
Visa a reduzir os custos com o descarte do resíduo do pó da fibra de vidro, trazendo benefícios econômicos, sociais e ambientais por utilizar o pó e a rebarba da fibra de vidro, juntamente com uma resina, assim, produzindo órteses equinas eficientes no tratamento da laminite, doença que leva muitos equinos ao óbito. Dentre outros diferenciais, reduz impactos ambientais como: contaminação da água, lençóis freáticos, diminuição do descarte em aterros sanitários e sacrifício de equinos.
2º lugar: Concreto Mundaú
A ideia consiste em adicionar a casca do sururu triturada junto com a areia, o agregado miúdo, na fabricação do concreto. A casca de sururu apresenta vários elementos como Sódio, Potássio, Magnésio e, principalmente, Carbonato de Cálcio, elemento também presente no calcário. Outro motivo para utilizar esse material é que, segundo o ICTR (Instituto de Ciência e Tecnologia em Resíduos e Desenvolvimento Sustentável), são descartadas 1.620 toneladas de casca de sururu por ano, o que vem aumentando e agravando a poluição na região da orla lagunar de Maceió.
Para transformar a casca do sururu em pequenas partículas, foram realizados os seguintes processos: 1°Catação, Higienização. 2º Após a higienização foi realizado o processo de trituração, secagem, e a determinação da composição granulométrica, baseado na NBR NM 248, para ficar com a dimensão do grão mais aproximada da areia utilizada na mistura. 3º Foram realizados todos os testes de qualidade baseados em normas brasileiras para a composição de um concreto de 20 MPa. Foram moldados os copos de prova para análise em laboratório da resistência do concreto realizado pela equipe.
3º lugar: Simulation Practice Work
O Simulation Practice Work (SPW) é um sistema de treinamento, capacitação e desenvolvimento de pessoas, que faz o uso da realidade virtual para criação de ambiente de treinamento e simulação gráfica. O objetivo do SPW é desenvolver softwares em 3D que auxiliem o aprendizado no manuseio de equipamentos industriais diversos, utilizando óculos de realidade virtual e criando um ambiente de treinamento que possibilita que o usuário possa desenvolver habilidades técnicas de acordo com a necessidade tecnológica da empresa contratante.
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