Cidades
Racismo religioso: filha de santo tem justificativa de falta recusada no trabalho
INEG/AL aciona o Ministério Público do Trabalho e cobra responsabilização da empresa
O Instituto do Negro de Alagoas (INEG/AL) protocolou representação formal junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) em defesa de uma praticante de religião de matriz africana que teve seu atestado religioso invalidado.
A denúncia ocorre após uma empresa desconsiderar um atestado religioso legítimo apresentado pela funcionária, que precisou se ausentar para cumprir obrigações espirituais. Mesmo tendo comunicado previamente ao setor de Recursos Humanos e apresentado documentação oficial, a trabalhadora teve seus dias registrados como faltas injustificadas.
O INEG/AL classifica o episódio como racismo religioso, prática que afeta especificamente comunidades tradicionais de terreiro, historicamente sujeitas à intolerância e negação de direitos básicos.
"Este caso transcende a mera desinformação e configura racismo religioso, demandando tratamento adequado. A Constituição assegura o livre exercício da fé. Ao ignorar este direito, particularmente em relação a religiões tradicionalmente discriminadas, a empresa perpetua práticas racistas e viola a dignidade do trabalhador", afirma a direção do Instituto.
O direito ao afastamento por motivo religioso está fundamentado no artigo 5º, inciso VI, da Constituição Federal, com precedentes favoráveis no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
O INEG/AL busca garantir que tais casos sejam devidamente responsabilizados, coibindo condutas discriminatórias no ambiente corporativo.
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