Cidades

Professor da Ufal ganha um dos principais prêmios da Comunicação no Brasil

Anderson Santos é o primeiro docente da Universidade contemplado com a maior honraria da Intercom

Por Ascom Ufal 23/08/2025 00h34 - Atualizado em 23/08/2025 01h51
Professor da Ufal ganha um dos principais prêmios da Comunicação no Brasil
Anúncio do resultado da premiação - Foto: Divulgação

O professor Anderson Santos, do Campus do Sertão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), foi contemplado com o Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação 2025, na categoria Liderança Emergente. Esse é um dos mais importantes prêmios da área e a cerimônia de entrega será no dia 4 de setembro, em Vitória, no Espírito Santo.

Com esse feito, o docente se torna o primeiro representante da Ufal a receber a honraria, criada em 1998 pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) para celebrar pesquisadores e grupos de pesquisa que contribuem para o avanço das Ciências da Comunicação.

A escolha dos vencedores é feita por um colegiado composto pelos ex-presidentes da Intercom, pelo atual presidente da entidade e pelos premiados ao longo dos anos na categoria ‘Maturidade Acadêmica’, que estejam em dia com as obrigações estatutárias.

“Individualmente, o prêmio representa uma trajetória de muita construção coletiva, às vezes, do jeito que dava, aprendendo com boas experiências e também com as não tão boas. É fruto de um trabalho de formiguinha, de eventos organizados, participações, articulações, até chegar ao reconhecimento nacional da Intercom, a maior associação da área no Brasil”, comenta o professor.

Trajetória acadêmica

Graduado em Comunicação Social – Jornalismo pela Ufal (2011), mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2013) e doutor em Comunicação pela Universidade de Brasília (2021), Anderson desenvolve suas pesquisas na Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (EPC), com foco em objetos de estudo ligados ao futebol.

Professor Anderson Santos, do Campus do Sertão da Ufal, contemplado com o Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação 2025, na categoria Liderança Emergente (Foto: Ascom Ufal)

“Transformei o futebol, que era um hobby, em objeto de estudo. Hoje coordeno projetos que unem jornalismo, economia e contabilidade, aplicando a perspectiva crítica da economia política da comunicação. Tenho alunos de diferentes cursos, entre eles Jornalismo, Economia, Contabilidade, e conseguimos dialogar interdisciplinarmente. Trabalho nessa área desde 2008, em extensão, pesquisa e ensino”, comentou.

O docente também atuou na Sociedade de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (atual EPTICC, ex-Ulepicc Brasil), onde foi secretário-geral e presidente. Ampliou sua atuação em redes nacionais e internacionais como coordenador do grupo de trabalho (GT) Economia Política das Comunicações da Associação Latino-Americana de Pesquisadores em Comunicação (Alaic), diretor de Relações Internacionais da Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom) e, atualmente, como presidente da federação. Também assumiu a editoria-geral da Revista Latino-Americana de Ciências da Comunicação e a coordenação do grupo de pesquisa em Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura da Intercom, consolidando-se como uma das principais lideranças do campo.

Além disso, dedica-se a redes de pesquisa sobre esportes e mídia, sendo um dos fundadores da Rede Nordestina de Estudos em Mídia e Esportes (ReNEme), criada em 2021, e do Observatório das Transmissões de Futebóis, lançado em 2023 em parceria com o Intervozes.

O histórico de atuação coletiva de Anderson começa antes mesmo da conclusão do doutorado, com protagonismo em associações acadêmicas e iniciativas inovadoras no campo da pesquisa esportiva. Sua nomeação ao prêmio celebra essa trajetória e leva o nome da Ufal ao reconhecimento nacional.

“Muito me orgulho de receber esse prêmio como primeiro professor da Ufal contemplado. Acho que isso também é representativo para tantos que, como eu, precisaram sair daqui para fazer mestrado em outras áreas, mas depois voltaram e conseguiram desenvolver pesquisa aqui. Hoje, ser reconhecido nacionalmente como professor da Ufal demarca uma trajetória individual que também é coletiva, construída a partir de onde a gente veio e para onde estamos levando nossa universidade”, finaliza Anderson.