Cidades
Alagoas é destaque no setor das cooperativas
Sescoop/AL comemora Dia Internacional do Cooperativismo abraçando desafio de ampliar visibilidade em uma área fundamental

No próximo dia 5, primeiro sábado do mês de julho, é comemorado o Dia Internacional do Cooperativismo, data que também é chamada de Coops Day. A comemoração de 2025 é especial porque estamos no Ano Internacional das Cooperativas, proclamado pela ONU. Alagoas tem se destacado no cenário do cooperativismo. Com atuação cada vez mais ampla, agora presente em oito segmentos econômicos, as cooperativas se mostram um modelo de negócio viável.
Adalberon Sá, presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo em Alagoas (Sescoop/AL), conta a dimensão que o setor alcançou no estado.
“Hoje os dados, por exemplo, da Junta Comercial do Estado apontam para um número significativo de cooperativas, de mais de 300 cooperativas. Mas é óbvio que muitas delas já deixaram de estar em atividade. Mas hoje, registradas no sistema, que são as cooperativas hoje que nós alcançamos com as nossas ações, nós podemos dialogar, a gente está falando de cerca de 100 cooperativas registradas no sistema em atuação”, destaca.
Ele cita exemplos de cooperativas dos mais diversificados setores. “Tem as cooperativas de catadores, de material reciclável. Tem cooperativas de outras atividades de trabalho, como de jornalistas, de músicos, tem orquestra, a Filarmônica de Alagoas é uma cooperativa. Tem cooperativas do ramo saúde. O maior plano de saúde suplementar do Brasil, que está em Alagoas, é uma cooperativa. Hoje os serviços financeiros que você encontra em qualquer instituição financeira, em qualquer banco, você vai ter em cooperativas de crédito. E os quatro maiores sistemas cooperativistas do Brasil estão em Alagoas. Então Alagoas já tem hoje, vamos dizer assim, um cenário bem amplo e bem vasto de experiências cooperativistas em todos os ramos de atividade, que a gente muitas vezes ainda não visualizou e que o nosso desafio é justamente mostrá-lo”.
O impacto social, segundo ele, faz parte dos objetivos do modelo.
“É um setor que congrega nele mesmo diversas atividades econômicas e consequentemente impactando aí na vida de milhares de pessoas que fazem parte das cooperativas. Mas como o cooperativismo tem esse interesse pela comunidade, que é um dos nossos princípios, então o cooperativismo é um modelo de negócio que não cresce sozinho. Onde o cooperativismo cresce, ele leva junto à comunidade onde ele está inserido”, disse Adalberon.
O superintendente usa como exemplo as cooperativas de crédito. “Enquanto você, por exemplo, tem uma conta num bancão, um banco tradicional, e que os lucros daquele banco vão para os seus acionistas. Os lucros que seriam nos bancos, no caso aqui, os resultados daquela cooperativa de crédito, eles ficam na própria comunidade, eles vão ser distribuídos entre seus próprios cooperados, mas também vão apoiar iniciativas de projetos sociais naquela comunidade. Esses são os diferenciais”.
Sescoop/AL usa Jorgraf como exemplo e avalia desafios
O presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo em Alagoas (Sescoop/AL). Adalberon Sá, comenta que é preciso fortalecer, enquanto comunidade, a ferramenta da intercooperação.
“Se a gente descobrir o potencial que existe entre as próprias cooperativas para fazer negócios, a gente vai ter um grande mercado aí para acessar. Mas quando a gente quer um desafio é porque ele ainda é pouco explorado pelas próprias cooperativas. Vamos pegar aqui o exemplo da própria Jorgraf [responsável pela impressão da Tribuna Independente e manutenção das plataformas Tribuna Hoje e TV Tribuna]. Quantas cooperativas que todo ano para publicar o seu edital, por exemplo, de provocação da Assembleia, está indo para um outro veículo de comunicação em vez de fortalecer a própria cooperativa de jornalistas? Quantas cooperativas que ainda tem a conta da pessoa jurídica ou dos seus cooperados num banco tradicional em vez de uma cooperativa de crédito? Como também quantas cooperativas de outros ramos que compram produtos e insumos, por exemplo, da agricultura e que não estão comprando as cooperativas de agricultura? Então nós temos um potencial, e ainda a intercooperação é isso, é promover negócios entre as cooperativas. Nós temos um grande potencial. De que as cooperativas possam fazer um mercado gigantesco”, contextualiza.
A Sescoop/AL vive hoje também o desafio de desmistificar a ideia de que cooperativa é um negócio pouco competitivo, ou de qualidade inferior.
“As pessoas hoje consomem o fruto do trabalho das cooperativas em seu dia a dia e, muitas vezes nem percebe. É o taxi que leva você, a comida que chega à sua mesa, o maior plano de saúde, tudo isso é cooperativa”. A estratégia é estimular as cooperativas a utilizarem o slogan “Somos Coop”.
Modelos de sustentabilidade, que é hoje vista como uma preocupação mundial, são a agricultura familiar e economia solidária. Ambos são muito presentes no cooperativismo.
“O modelo de negócio do cooperativismo ele já é, talvez vamos dizer assim, a forma mais perfeita do modelo de economia solidária. Ele já é um negócio coletivo que surge a partir da demanda daquela própria comunidade. O conceito de economia solidária que é autogestão, ou seja, a cooperativa, ela é uma experiência de autogestão. As decisões são tomadas pelos cooperados, numa assembleia, onde cada um é um voto independente de ter uma participação maior, de ter uma participação menor. Ela já é um negócio que tem uma gestão democrática, onde todos ali decidem quem é o presidente, o que vai ser feito com as sobras, então ela já tem, vamos dizer assim, ela é o modelo mais perfeito de economia solidária na sua síntese”, avalia o presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo em Alagoas.
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