Os servidores do Judiciário Federal de Alagoas participaram, nesta quarta-feira (28), de uma mobilização nacional em defesa do projeto de reestruturação da carreira. O ato ocorreu em frente ao prédio das Varas do Trabalho.

“Foi um dia importante de luta em Alagoas e em todo o país, definido durante o 12º Congresso Nacional da Fenajufe. Estamos impulsionando a categoria a lutar pela reestruturação da carreira, por melhores salários, pela isonomia no auxílio-saúde e também contra a reforma administrativa, que ameaça os serviços públicos. O Congresso Nacional retoma essa proposta sem dialogar com as entidades sindicais e com a sociedade em geral”, afirmou o dirigente sindical.

Paulo Falcão destacou que o ato público, realizado no dia nacional de paralisações e mobilizações em todo o país, trouxe para os servidores um debate, que não trata apenas das questões específicas da categoria, mas também de modo geral, como exemplo, a defesa dos serviços públicos.

O sindicalista informou ainda o calendário de mobilização nacional, aprovado no Congresso da Fenajufe, que inclui a reunião do Conselho Deliberativo de Entidades (CDE), marcada para o dia 7 de junho, a realização de assembleias setoriais entre os dias 9 e 13 de junho, e o início da greve entre os dias 30 de junho e 4 de julho, em defesa do plano de carreiras. “O calendário é curto devido ao trâmite da Lei Orçamentária do próximo ano. Estamos disputando as verbas necessárias para contemplar o projeto de reestruturação da carreira”, explicou.

O dirigente também chamou atenção para a proposta de Adicional de Qualificação (AQ), que, segundo ele, deveria incidir sobre o cargo efetivo da categoria — C13 do analista — e não sobre cargos em comissão, como o CJ-1. Ele ressaltou ainda que o projeto de reestruturação foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal em dezembro de 2023, tendo sido aprovado nas plenárias de Belém e de Natal e consolidado durante o Congresso de Foz do Iguaçu.

“Vamos construir essa greve, cumprir o calendário de lutas aprovado no Congresso da Fenajufe, realizar reuniões e assembleias setoriais na Justiça Federal, na Justiça do Trabalho e na Justiça Eleitoral, com o objetivo de ampliar a mobilização da categoria e chegar ao dia 30 com força para a paralisação”, concluiu o dirigente.

A mobilização também contou com a participação de Mota, dirigente do Movimento de Luta de Classes, da Unidade Popular, que manifestou solidariedade aos servidores públicos e apoio à mobilização pela valorização da carreira.

Além da reestruturação, a categoria reivindica ainda a recomposição salarial, o pagamento do auxílio-nutrição e a isonomia no valor do auxílio-saúde entre magistrados e servidores.