Cidades

Filha que tentou envenenar a mãe é condenada a 16 anos de prisão

Por Tribuna Hoje com assessoria MPAL 25/02/2025 14h23 - Atualizado em 25/02/2025 23h31
Filha que tentou envenenar a mãe é condenada a 16 anos de prisão
Suzana Ferreira da Silva confessou crime e pena que seria de 24 anos, foi reduzida a 16 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado - Foto: MPAL

Suzana Ferreira da Silva foi condenada a 16 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado após confessar ter tentado matar a própria mãe, Silvânia Maria Sabino da Silva, envenenando-a com um açaí. A sentença, lida pelo juiz Yuri Roter, inicialmente previa uma pena de 24 anos, mas a confissão resultou na redução de um terço da pena.

A defesa de Suzana foi conduzida pela defensora pública Heloísa Bevilaqua da Silveira, que destacou o papel da Defensoria Pública em garantir o direito do réu à defesa. "A Defensoria atua sempre de acordo com a Constituição garantindo o direito do réu à defesa. A imprensa queria fazer imagem dela e, como defensora dos seus direitos, não permiti. Mas hoje não é o caso, não vou pedir a absolvição da senhora Suzana, pois ela confessou a tentativa de homicídio", afirmou.

O promotor de Justiça, Antônio Vilas Boas, da 9ª Promotoria de Justiça da Capital, reforçou a gravidade do crime e a premeditação da acusada. "Levamos a julgamento a Suzana por crime de tentativa de homicídio perpetrado contra a própria mãe. Fizemos o nosso trabalho como de regra, sempre sustentando a tese acusatória, no posto na inicial acusatória". 

"O crime foi cometido com duas qualificadoras, o envenenamento, posto que a própria filha colocara num açaí para sua mãe assim que ela chegasse de suas atividades físicas e assim ela o fez. Ao chegar de sua atividade física, de uma caminhada, e como de costume sempre bebia um suco ou açaí e desta vez ocorreu esta fatalidade. A ré confessou o crime, o fez em sede inquisitorial, todavia em juízo, exerceu seu direito ao silêncio. Então, nós sustentamos a acusação e, ao final, pedir a condenação da Suzana porque outro caminho não resta senão a sua condenação", salientou Antônio Vilas Boas. 

O caso chocou a sociedade pela frieza e premeditação do crime, além do impacto devastador na família da vítima. Silvânia Maria Sabino da Silva vive em estado vegetativo desde o ocorrido, necessitando de cuidados constantes. 

A sentença reforçou o compromisso da Justiça em punir crimes contra a vida, garantindo a segurança das vítimas e de seus familiares.