Cidades
MPF reúne-se com grupos culturais atingidos pelo afundamento do solo em Maceió
Atingidos buscam continuidade das ações de reparação para a preservação dos grupos previstas no Plano de Ações Sociourbanísticas
Em resposta às demandas apresentadas por grupos culturais impactados pelo deslocamento forçado decorrente do afundamento do solo em bairros de Maceió, causado pela atividade mineradora da Braskem, o Ministério Público Federal (MPF) realizou nova reunião com representantes desses grupos.
O encontro, conduzido pelas procuradoras da República Roberta Bomfim e Niedja Kaspary, aconteceu no dia 14 de janeiro e teve como objetivo discutir soluções para mitigar os impactos sofridos, que incluem a dispersão de integrantes e a falta de espaços adequados para ensaios e apresentações, prejudicando a continuidade das atividades culturais.
Participaram da reunião representantes de diversos grupos culturais, como os cocos de roda Reviver e Los Coquitos e a quadrilha junina Pé de Serra. Participaram também representantes do Instituto Ouro Preto e da Associação dos Grupos Culturais Atingidos pela Braskem. Entre os temas debatidos, destacaram-se as dificuldades enfrentadas pelos grupos para se reestruturarem após a desocupação dos antigos bairros, a carência de subsídios para transporte dos integrantes e a necessidade de garantir um espaço permanente para as atividades culturais.
Desafios enfrentados pelos grupos culturais
Os relatos apresentados evidenciaram a importância da ação de reparação adotada em 2024, mas sobretudo a necessidade de continuidade e expansão. Os presentes destacaram que, apesar da ação de apoio aos grupos culturais recebida ao longo do ano de 2024, ainda existem carências a serem atendidas e dificuldades a serem superadas.
Foi destacada a importância do espaço para ensaios, o que tem sido objeto de tratativas pelo MPF perante a Braskem e está em vias de implementação, com a participação dos grupos.
Encaminhamentos
As procuradoras da República reforçaram o compromisso do MPF em buscar soluções no âmbito do Plano de Ações Sociourbanísticas (PAS), destacando a importância de preservar a memória e a identidade cultural dos atingidos. Roberta Bomfim enfatizou que “estamos empenhadas em viabilizar espaços para ensaios e apresentações, além de buscar meios que assegurem a continuidade dos subsídios necessários”.
Niedja Kaspary, por sua vez, destacou que a união dos grupos em uma associação é essencial para o fortalecimento das demandas coletivas. Ela ressaltou a necessidade de reparação integral dos prejuízos sofridos pelos grupos culturais. “O prejuízo sofrido vai além da questão material; envolve histórias e memórias que precisam ser reparadas”, afirmou.
Como encaminhamento, o MPF se comprometeu a dar andamento às demandas junto à Prefeitura de Maceió e à Braskem.
Os participantes da reunião reforçaram que, apesar dos desafios, a manutenção das atividades culturais é fundamental para a identidade das comunidades atingidas. O MPF reafirma seu compromisso em promover e apoiar iniciativas que garantam a preservação da rica tradição cultural da região, trabalhando em conjunto com os grupos culturais para superar os desafios impostos pelo desastre ambiental.
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