A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas, por meio da Chefia de Ensino Integrado (SSP/CHEI) e em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), finalizou nesta sexta-feira (8), em Maceió, a 4ª edição do Curso de Identificação de Vítimas de Desastres em Massa (DVI).

A formação foi concluída com uma simulação realizada no Quartel do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL), no Trapiche, onde os profissionais colocaram em prática os conhecimentos adquiridos nas aulas ministradas por peritos federais, agentes da Polícia Federal, oficiais do Corpo de Bombeiros de Goiás e médicos legistas da Polícia Científica de Alagoas. Durante a aula prática, a turma simulou o cenário de uma catástrofe com diversas vítimas fatais, que precisariam ser identificadas por exames periciais.

Para a resgatista do CBM/AL, soldado Fátima Baracho, que participou do curso, as técnicas aprendidas serão um divisor de águas em sua atuação em cenários de desastres em massa.

“Muitas vezes, nós, do Corpo de Bombeiros, ficamos responsáveis pelo resgate dos corpos das vítimas e, através deste curso, pude entender a importância de aplicar determinadas técnicas que são cruciais para o trabalho da perícia. Outro ponto importante dessas formações, que integram todas as instituições, é que entendemos melhor o trabalho realizado pelos colegas e compreendemos que a sincronia é essencial para que as instituições consigam prestar um serviço de excelência à população”, afirmou.

A militar lembrou ainda que a agilidade no atendimento a ocorrências de desastres é essencial para diminuir a angústia dos familiares das vítimas. “Em situações de desastres, as famílias das vítimas ficam desesperadas para saber alguma informação sobre seus entes queridos. Quando integramos nossas ações, conseguimos diminuir a espera e agilizar a liberação dos corpos, para que a vítima tenha uma despedida digna”, ressaltou.

Para o coordenador do curso em Alagoas, sargento Walker de Lima Cordeiro, a formação será um passo importante no fortalecimento do trabalho das equipes que atuam em eventos dessa magnitude.

“Encerramos esse curso muito satisfeitos com o resultado alcançado durante esta semana de formação. Ao longo das aulas, os agentes aprenderam como o esforço conjunto e a análise minuciosa dos vestígios em situações como essa podem proporcionar uma identificação mais rápida das vítimas, e assim dar um retorno mais ágil aos familiares dos mortos”, explicou.

O curso

O curso de Identificação de Vítimas de Desastres em Massa (DVI) é um treinamento com o objetivo de enriquecer os conhecimentos dos profissionais de segurança pública sobre as técnicas e procedimentos adequados para a identificação das vítimas em situações de catástrofes.

O curso, com carga horária de 44 horas/aula, inclui módulos como medicina legal, DNA e odontologia forense, sistema de comando de incidentes (SCI), roteiro de busca e recuperação de corpos, histórico, conceitos e classificações dos desastres, identificação necropapiloscópica, formulários, equipamentos e materiais utilizados no DVI, complementados por uma oficina de vivência.