Cidades

Iteral e Incra discutem avanço da reforma agrária em reunião com movimentos sociais de Alagoas

Instituto de terras do Estado atua para agilizar processo de transferência de áreas destinadas ao assentamento de famílias

Por Dyego Barros / Ascom Iteral 19/09/2024 18h53 - Atualizado em 20/09/2024 00h44
Iteral e Incra discutem avanço da reforma agrária em reunião com movimentos sociais de Alagoas
Encontro reuniu representantes do governo de Alagoas e da União - Foto: Dyego Barros / Ascom Iteral

A direção do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) recebeu, nesta quinta-feira (19), o coordenador geral de Implantação do Incra nacional, André Bomfim, e uma comitiva formada por pequenos produtores vinculados à Comissão Pastoral da Terra (CPT) e ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

O encontro, realizado por uma articulação entre o governo Paulo Dantas e a União, iniciada ainda no ano de 2023, teve a finalidade de identificar os principais obstáculos para a consolidação de projetos de assentamentos em fase de regularização e discutir ações prioritárias para o avanço da reforma agrária em Alagoas. Ele também representa um passo importante para o atendimento de reivindicações consideradas emblemáticas pelos movimentos sociais de luta pela terra.

Dentre essas reivindicações, destaca-se a conclusão do processo de transferência da Fazenda Mumbuca, situada em Murici, para agricultores ligados à CPT. O imóvel rural, de 287 hectares, pertence à Caixa Econômica Federal e está sendo desapropriado pelo Estado para o assentamento de 45 famílias, acampadas no local há mais de 20 anos. O desfecho da operação, entretanto, ainda depende do documento de certificação da área, que será providenciado pela Superintendência Regional da instituição financeira.

Além da Mumbuca, outras sete propriedades cumprirão a mesma função social, em benefício de aproximadamente 500 famílias camponesas em situação de vulnerabilidade. São elas: as Fazendas Bota Velha (Murici), Santa Helena (São Luís do Quitunde), Nossa Senhora de Guadalupe (Igaci), Cajueiro do Caboclo (Taquarana), Olho D’Água do Luiz Carlos I e II (Taquarana) e Malhada Vermelha (Água Branca); o que totaliza pouco mais de 2 mil hectares de terra.

De acordo com André Bomfim, o reconhecimento dos projetos estaduais viabilizará a implementação de políticas públicas do Governo Federal nos assentamentos alagoanos.

Para o diretor-presidente do Iteral, Jaime Silva, a parceria Estado/União é de fundamental importância para a manutenção da paz no campo, à medida que abre caminho para um trabalho de democratização do acesso à terra amplo e efetivo.

“Temos um compromisso com o desenvolvimento socioeconômico dos homens e mulheres do campo e estamos empenhados em buscar soluções rápidas para a transferência das áreas em processo de regularização, afirmou o gestor da autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri).

Também participaram da reunião o representante da Caixa, André Luiz Alves Tenório; da Superintendência do Incra em Alagoas, Alessandro José Barros dos Santos; e a coordenadora jurídica do Iteral, Danielle Menezes.