Cidades

Movimento das Vítimas da Braskem pressiona por solução para o cemitério Santo Antônio

Defensoria Pública ajuizou uma ação civil pública exigindo que a Braskem arque com os custos de sepultamentos em cemitérios particulares

Por Assessoria 17/09/2024 14h28 - Atualizado em 17/09/2024 18h50
Movimento das Vítimas da Braskem pressiona por solução para o cemitério Santo Antônio
Cemitério Santo Antônio no bairro de Bebedouro - Foto: Edilson Omena / Arquivo

O Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) intensifica sua luta para resolver o impasse em torno do Cemitério Santo Antônio, interditado desde 2020 devido ao afundamento de solo causado pelo crime ambiental da Braskem. A interdição do cemitério impôs desafios às famílias, impedindo novos sepultamentos e gerando uma crise funerária em Maceió. O MUVB demanda soluções imediatas, que incluem a criação de um novo cemitério, ressarcimento pelos danos materiais e morais, além da garantia de dignidade aos sepultados.

A Defensoria Pública de Alagoas (DP/AL) ajuizou uma ação civil pública exigindo que a Braskem arque com os custos de sepultamentos em cemitérios particulares e com a manutenção dos jazigos afetados. O MPF, porém, solicitou a suspensão do processo, decisão criticada pelo MUVB, que argumenta que a postergação agrava o sofrimento das famílias. Segundo o movimento, a medida favorece a Braskem ao adiar uma solução definitiva, enquanto a crise nos cemitérios públicos de Maceió se aprofunda, expondo corpos em condições insalubres e indignas.

As famílias exigem uma reparação justa e a preservação do Cemitério Santo Antônio como um memorial, respeitando a história e o vínculo emocional com o local. Enquanto as negociações se arrastam, a população é submetida a condições degradantes e uma violação contínua de seus direitos fundamentais, como o direito ao luto e a um sepultamento digno.