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Nova própolis descoberta em Alagoas pode revolucionar tratamento anti-inflamatório

Por Assessoria 05/08/2024 14h38 - Atualizado em 05/08/2024 23h24
Nova própolis descoberta em Alagoas pode revolucionar tratamento anti-inflamatório
Pesquisadores da Ufal com a equipe técnica da Uniprópolis, na Serra Talhada, em Quebrangulo - AL - Foto: Divulgação

Uma nova própolis descoberta em Alagoas segue sendo estudada por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da equipe técnica da União dos Produtores de Própolis Vermelha de Alagoas (Uniprópolis) com o apoio da ONG Nordesta. Originária da Baccharis Cinerea, uma vegetação massacrada e pouco conhecida, nela já foram detectadas muitas substâncias, entre elas, a artepelin C, que ajuda no processo de tratamento anti-inflamatório.

Mário Agra, presidente da Uniprópolis, explicou que esta substância é muito semelhante com a própolis verde de Minas e São Paulo, hoje conhecida no mundo inteiro por conta do seu potencial diferenciado no processo de regressão de tumores.

“Essa própolis tem uma eficiência forte, e por isso, estamos fazendo levantamentos nos municípios juntamente com o Departamento de Farmácia da Ufal, já detectamos a vegetação em Novo Lino, União dos Palmares, Murici, Colônia Leopoldina, Ibateguara, e na última sexta-feira, dia 2, a vegetação foi encontrada, na Pedra Talhada, em Quebrangulo, que também vai receber o mapeamento com GPS, para que em dezembro na época da floração seja feita a coleta botânica”, frisou.

“Vamos continuar fazendo o levantamento no sentido de identificar mais cidades alagoanas em que a vegetação atua, e a partir daí, esperar o período da floração e aguardar as análises do laboratório da Universidade para saber o que foi encontrado e como as abelhas atuam, se pega na folha, no caule...”, detalhou.

Para Mário Agra, é fundamental que esta vegetação siga sendo estudada com a previsão de ser encontrada em aproximadamente 15 municípios do Estado de Alagoas. “Em 22 municípios temos a própolis vermelha, então podemos obter uma quantidade bastante considerável, ou seja, possivelmente 22 com mais 15 municípios, poderemos ter próximo a 50 municípios, quase metade das cidades alagoanas, e pegando ainda a outra própolis, que vem sendo estudada, que é da planta jurema-preta, podemos atingir praticamente 70% dos municípios de Alagoas com própolis diferenciadas e de excelente qualidade”, considerou.