Cidades
Famílias de crianças e adultos com TEA protestam em seminário nacional da Unimed contra imposição dos tratamentos
Um numeroso grupo de famílias, mães e pais de crianças e adultos com TEA, o Transtorno do Espectro Autista, protestaram durante toda a manhã da sexta-feira, 2 de agosto, diante do Hotel Ritz Lagoa da Anta, no bairro de Cruz das Almas, durante a realização de um seminário nacional da Unimed Maceió, que reuniu magistrados, membros do Ministério Público, políticos e advogados, com o objetivo de discutir mudanças significativas no tratamento oferecido a crianças e adultos com autismo. Denunciado como uma imposição dos tratamentos, a manobra da Unimed Maceió tem gerado grande preocupação entre as famílias que possuem plano de saúde da operadora.
Segundo as famílias, além de profissionais ligados aos tratamentos especializados, a intervenção proposta pela Unimed, que estaria ligada a redução de custos operacionais, tem, na verdade, a intenção de interromper ou reduzir os tratamentos atualmente realizados em clinicas especializadas, transferindo-os para o próprio espaço hospitalar, conhecido como TEU, Tratamento Especializado Unimed.
Segundo Andreia Melo, mãe de criança autista e uma das lideranças do movimento, as famílias foram informadas por e-mail que os tratamentos deveriam ser realizados exclusivamente no espaço TEU, com a promessa de um plano terapêutico pronto ao final das consultas. ``Muitos pais que estão aqui protestando, relataram que essa mudança na interrupção dos tratamentos, sem a devida consideração pelo bem-estar das crianças, vai ter um resultado dramático para as famílias ́ ́, afirmou Andréia.
O advogado Marcondes Costa, que representa as famílias e tem um filho com TDAH, também presente no protesto, foi enfático: “Nossos filhos merecem respeito e tratamentos dignos, não podem ser vítimas de estratégias para aumento de lucro às custas de sua saúde e bem-estar”. Ele afirmou ainda que a denúncia já foi encaminhada ao Ministério Público e à Defensoria Pública da União, que devem abrir uma investigação sobre o caso.
Tassila Silva, que também é mãe de autista, presente no protesto afirmou: ``A Unimed precisa respeitar os direitos das nossas crianças. Como também a luta diária de uma família atípica. São centenas de crianças que realizam intervenções terapêuticas e vêm apresentando evolução. Como interromper o tratamento e direcionar para outra clínica e outros profissionais? São crianças autista e precisam do seu cotidiano garantido, além do vínculo terapêutico´´.
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