No início 2021, a NOAA (National Oceanic Atmosferic Asministration – USA) divulgou descobertas indicando que a taxa de aumento do nível do mar dobrou no último século e, mesmo se as metas globais de redução de emissões forem cumpridas, o nível do mar pode aumentar 30 centímetros até 2100. Os estados costeiros já estão sentindo os efeitos do aumento do nível do mar, com aumento das enchentes, bem como furacões, que também estão ficando mais fortes e despejando mais chuva.

O especialista em proteção costeira e recuperação de praias, engenheiro Marco Lyra, CEO da Ocean Protections, afirmou que ``Ao investir proativamente em infraestrutura natural e prioridades de conservação, é possível começar a construir proteções para os ecossistemas costeiros que ajudem a proteger as cidades litorâneas, ao mesmo tempo que criam empregos e reduzem os custos de desastres futuros. É preciso ação para controlar a erosão costeira em áreas urbanas e para aumentar a capacidade de resiliência das comunidades costeiras e suas respectivas infra-estruturas, são necessárias 3 ações urgentes´´, afirmou ele.

A primeira é restaurar e proteger os amortecedores costeiros naturais. À medida que os mares sobem e os furacões aumentam de intensidade, as barreiras entre o mar e as cidades costeiras fornecem proteção vital contra inundações, evitando a destruição da orla pelo avanço do mar.

A segunda é investir em resiliência antes que ocorra o desastre. Se os estados e municípios estão lutando para se recuperar da pandemia e da crise econômica, muitas cidades costeiras também estão se recuperando de desastres consecutivos. À medida que as condições climáticas extremas aumentam, há necessidade de investir hoje para reduzir o custo de desastres futuros. Cada R$ 1,00 investido na mitigação antes do desastre, economiza R$ 6,00 na recuperação de desastres futuros.

E por fim, segundo o engenheiro, é melhorar a resiliência da infraestrutura crítica. ``É preciso investir em prioridades que ajudem nessa recuperação e, ao mesmo tempo, protejam melhor as pessoas de desastres futuros. É preciso incluir investimentos em infraestrutura natural e resiliência das cidades costeiras. A prioridade é a adaptação e a recuperação das praias urbanizadas, afetadas pela erosão marinha, construindo obras de defesa costeira que protejam melhor pessoas e bens de desastres futuros´´, finaliza Marco Lyra