Cidades
Coração de Estudante vai contar com 60 psicólogos e 20 assistentes sociais
Programa garante saúde mental e socioemocional na rede pública de ensino de Alagoas
Conversar, desabafar, ter a quem contar. Este é o objetivo do Programa Coração de Estudante lançado nesta terça-feira (26), pelo governo de Alagoas, que vai trabalhar o desenvolvimento socioemocional do estudante para garantir as condições necessárias à promoção da saúde mental e ao pleno desenvolvimento social. A proposta é fazer com que ensino e mente tranquila ‘andem’ para o melhor aprendizado dos alunos.
O programa foca no atendimento especializado realizado pelo Núcleo Estratégico de Acompanhamento Psico Socioassistencial (NEAPSA) da Seduc, composto por 80 profissionais, dos quais 60 são psicólogos e 20 são assistentes sociais, que trabalham também com atenção e prevenção a situações indicativas de violência.
Conforme o governador Paulo Dantas, o programa coloca Alagoas em segundo lugar no ranking nacional, como o estado que mais disponibiliza psicólogos entre todos os estados da federação.
“O programa vai dispor de profissionais de altíssimo nível para deixar os alunos extremamente tranquilos, motivados e felizes. Para que eles entendam que a educação é fundamental para a vida deles e para todo o estado”, ressaltou o governador.
Paulo Dantas explicou que dar assistência emocional aos estudantes visa garantir a formação de profissionais mais qualificados. “O Estado precisa de mão de obra qualificada para alcançar mais investidores privados, alcançar mais empresas, e para isso a gente necessita ter um aluno feliz, um aluno saudável, um aluno extremamente pronto para adquirir conhecimento, para produzir”.
“O mundo todo passou por muitos problemas agora na pandemia”, lembra Dantas. “E a questão emocional é um problema proposto em todas as áreas. Na educação não é diferente, todo mundo tem as suas dúvidas, suas questões pessoais. Eu tenho certeza que isso vai ser frutífero, que nós vamos ter extraordinários resultados a partir do momento que esses profissionais estiverem efetivamente atuando”.
ACOMPANHAMENTO
A secretária de Educação, Roseane Vasconcelos, explicou que todas as escolas receberão visitas e acompanhamento dos psicólogos, já contratados. “Eles vão trabalhar em todas as 312 unidades, junto com os assistentes sociais, em formato de palestras e de rodas de conversa para identificar as dificuldades individuais dos nossos alunos. A partir daí, levar para a rede de apoio, que vai estar lá disposta a trabalhar as questões emocionais daquela criança ou até mesmo da família”, pontuou.
O deputado federal e ex-secretário de educação de Alagoas, Rafael Brito (MDB), salientou a importância do programa para Alagoas. “Isso já é lei, a lei 13.985, que estados não cumprem, e a Alagoas mais uma vez sai na frente de todos os outros estados da federação e passa a cumprir, passa a atender todas as suas escolas com psicólogos, assistentes sociais para que a gente possa justamente criar essa rede de proteção psicossocial tão necessária para a nossa sociedade”, diz.
Brito reforça a necessidade dos profissionais para o desenvolvimento escolar do aluno. “O psicólogo e o assistente social agora passam a integrar parte da escola e contribuir com o desenvolvimento pedagógico dos alunos”.
Para a estudante do 1º ano Júlia França, a iniciativa é bastante importante tendo em vista que os alunos convivem com muitas atividades e responsabilidades no ambiente escolar. “A escola ainda não forma o caráter de uma pessoa, mas passamos a maior parte do tempo na escola, principalmente os que estudam em tempo integral, então, ter esse apoio nas escolas, sendo acompanhados com psicólogos é uma iniciativa incrível da rede pública estadual de ensino.
Evellyn Vitória, aluna do 1º ano, salientou que muitas vezes os estudantes se deparam com todo tipo de medo e frustação dentro e fora de sala de aula e ter esse apoio ajudará a aproveitar ainda mais os estudos e desenvolver um aprendizado melhor.
De acordo com Maria Eduarda Silva Lima, também estudante do 1º ano, esse acolhimento é valioso para que o aluno se sinta à vontade. É uma aula muito importante, que tem sim que ser trabalhada em todas as escolas, porque a gente passa a maior parte da nossa vida na escola.
“Enquanto a gente não tem esse acompanhamento, se torna um pouco difícil. Por isso, quando chegam profissionais para nos ouvir é fundamental, porque nas escolas são muitas coisas, são muitas atividades e responsabilidades”, completou.
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