O empresário Alexandre de Moraes Sampaio, presidente da Associação dos Empreendedores Vítimas da Mineração em Maceió e membro da Coordenação do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) decidiu ontem (3/1) deixar o Grupo de Trabalho do Caso Braskem, criado pelo governador Paulo Dantas (MDB), em setembro do ano passado, para cobrar da mineradora uma reparação justa dos prejuízos causados aos moradores e ao Estado de Alagoas.

Segundo Sampaio, um dos motivos que levaram a tomar essa decisão foi a falta de sintonia entre o comando do GT e os representantes das vítimas da mineração. “O Grupo de Trabalho realizou diversas reuniões com a Braskem sem convidar os representantes das vítimas, nem da Defensoria Pública de Alagoas, reproduzindo o mesmo processo ilegítimo protagonizado pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual, bem como pela Defensoria Pública da União e pela Prefeitura Maceió”, justificou Sampaio.

Ele disse ainda que levou em consideração a falta de perspectiva de vitória do GT, após várias reuniões com os representantes da mineradora. “Foram informados que a Braskem não aceitaria rever nenhum dos 5 acordos e que o Estado aceitava seguir na negociação em busca da sua indenização e dos municípios, mesmo que isso implicasse a negação dos direitos de inúmeras vítimas não contempladas nos acordos, e até mesmo a manutenção do escandaloso Acordo de 1,7 bilhão com a Prefeitura de Maceió”, relatou.

O GT tem como integrantes: governador Paulo Dantas; senador Renan Calheiros; Vitor Hugo Pereira, representando a Secretaria de Governo; Felipe de Carvalho, representando o Gabinete Civil; Samya Suruagy, representando a Procuradoria Geral do Estado; Renata dos Santos, representando a Secretaria da Fazenda; Olavo Neto, representando os municípios da Região Metropolitana; Ricardo Melro, representando a Defensoria Pública do Estado; Maurício Sarmento e Alexandre Sampaio, representando as vítimas da Braskem.