Cidades

Vítimas de afundamento realizam protesto nesta quarta

Moradores de bairros afetados pela mineração da Braskem buscam medidas urgentes após alerta de risco iminente de colapso da mina 18

Por Tribuna Independente 05/12/2023 09h06 - Atualizado em 05/12/2023 15h27
Vítimas de afundamento realizam protesto nesta quarta
Neirevane Nunes, do movimento de vítimas da Braskem, defende realocação com indenizações justas - Foto: Sandro Lima / Arquivo

Moradores dos bairros afetados pela atividade de mineração da Braskem estão organizando protestos em busca de medidas urgentes, após o alerta de risco iminente de colapso da mina 18, mantida pela Braskem, na região da Lagoa Mundaú, próximo ao antigo campo do CSA, no bairro do Mutange. O primeiro protesto está marcado para amanhã (6) e o segundo para o dia 13 de dezembro.

“Todos nós que fomos expulsos dos bairros Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e Farol, e também quem está nas bordas do mapa de risco, queremos cobrar a devida urgência das providências que precisam ser tomadas”, disse Alexandre Sampaio, que é presidente da Associação dos Empreendedores e Vítimas da Mineração em Maceió e também integrante do Movimento Unificado de Vítimas da Braskem (MUVB), em vídeo publicado nas redes sociais.

Segundo Sampaio, é um ato unificado, com a participação de vários sindicatos, entidades e movimentos. “É uma espécie de passeata que tem como objetivo a criminalização da Braskem, a realocação dos Flexais e parte do Bom Parto que ainda está lá, além de transparência na gestão da crise, que está uma zona”, explicou.

O primeiro ato está marcado para esta quarta-feira (6), às 6h, com concentração no Cepa, na Av. Fernandes Lima, tendo paradas no Ministério Público Estadual, no Palácio do Governo e na Assembleia Legislativa. A outra manifestação está prevista para acontecer no dia 13 de dezembro, no Jaraguá, com paradas na Câmara dos Vereadores e na Prefeitura de Maceió.

“Nós queremos realocação com indenizações justas. Infelizmente, está nas mãos da Prefeitura a inclusão dos Flexais, Quebradas e Marquês de Abrantes no mapa de criticidade da Defesa Civil”, afirmou Neirevane Nunes, que também é integrante do MUVB.