Cidades

Acordo entre diretoria e Governo do Estado pode definir reajuste de trabalhadores da Casal

Por Tribuna Independente 15/09/2023 11h37
Acordo entre diretoria e Governo do Estado pode definir reajuste de trabalhadores da Casal
Presidente da Casal, Luiz Cavalcante - Foto: Edilson Omena

Uma reunião está marcada para acontecer nesta sexta-feira (15) entre a direção executiva da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e o Governo do Estado para definir um possível reajuste aos trabalhadores da empresa, que prometeram entrar em greve diante da falta de avanço nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho – ACT.

Em entrevista exclusiva à Tribuna Independente, o diretor-presidente da Casal, Luiz Cavalcante Peixoto Neto, informou que no último dia 4, foi aprovado em assembleia uma paralisação para o dia 12 passado, seguido com o indicativo de greve dos trabalhadores da companhia, caso não houvesse propostas para além daquela inicialmente colocada oficialmente de zero.

“Em decorrência das nossas despesas que teriam aumentado durante esse período vários outros fatores, inclusive reajuste de energias sucessivos, nós tínhamos feito um indicativo de zero, mas fizemos um ajuste no alçamento retirando e esticando algumas obrigações e compromissos para que a gente pudesse encaixar, que foi aplicar o índice IPCA dos últimos 12 meses contados na data-base de revisão do acordo coletivo que é maio de 2023, então retroativo 12 meses, oferecendo um índice de 4.18%”, explicou.

“O sindicato, quando recebeu a nossa proposta, promulgou a nova Assembleia e suspendeu o indicativo de paralisação e o indicativo de greve até a data de amanhã, quando nós teremos uma reunião entre a diretoria do sindicato, a diretoria da Casal e representantes do governo para fechar”, acrescentou.

BRK

Sobre a operação da BRK que ficou com a distribuição de água e a Casal com a captação em Alagoas, Luiz Cavalcante avaliou que essa operação ocorreu com a inovação trazida pelo Marco Legal do Saneamento.

“O que aconteceu com o estado de Alagoas é uma tendência que acontece com outros estados brasileiros, principalmente com a necessidade de investimentos da iniciativa privada, que tem uma capacidade maior de suportar dívidas de longo prazo, do que o poder público, e que naturalmente isso vai acontecer”.

“Ainda é muito incipiente fazer uma avaliação de como está performando essa divisão de tarefas entre o poder público e a iniciativa privada nesse modelo de concessão, de partido, mas a gente imagina que dentro desse meio tempo a gente vai ter condições maiores, indicativos maiores, índices que possam representar melhor essa performance e como vai funcionar a parceria melhor entre o público e o privado”, salientou.

“Nesse momento a nossa relação com a BRK é uma relação de parceria, nós temos mantido bons contatos com eles, e boas relações para que a gente evolua no andamento do contrato, tanto de concessão quanto do contrato de compra e venda de água, que a gente tem com eles, e que tende a ser proveitosa principalmente com a população, que o modelo que eu estava”, destacou o diretor-presidente.

Ainda conforme Luiz Cavalcante, o modelo usado em Alagoas é o primeiro do Brasil que avançou nessa direção, fazendo a concessão do serviço de saneamento dessa forma e mantendo a companhia de saneamento em atividade relevante.

“Então a gente imagina que essa parceria tende a ser proveitosa no longo prazo. Nós ainda estamos no início, como falei, então tem sempre algumas dificuldades de ambas as partes para que os pontos sejam alinhados e o entendimento dos sistemas, a absorção das demandas da população, então tem um tempo realmente de adaptação que precisa ser digerido aos poucos”, reforçou.

Assista a entrevista completa, abaixo: