Cidades
Mercado da Produção: comerciantes cobram reforma
Dois incêndios foram registrados em menos de uma semana e permissionários dizem que estão entregues à própria sorte

Mais de 60 anos de vida dedicados ao trabalho nos boxes do Mercado da Produção, na Levada, foram transformados em cinzas durante o incêndio que destruiu, na semana passada, de forma total ou parcial, as barracas dos amigos Manoel Cícero Alves Cabral, 75 anos, e Ivanildo Gama, 76 anos.
O medo de acontecer um novo sinistro acompanha a rotina de trabalho das mais de duas mil pessoas que ganham a vida comercializando seus produtos nas mais de 300 barracas do Mercado da Produção.
A comerciante Lena Moraes, integra a Comissão Participativa do Mercado da Produção, que representa os permissionários e afirmou que todos trabalham de olho nas fiações elétricas, nas bitucas de cigarro e estão sempre apreensivos com receio de que o pior aconteça.
“Não temos serviços de manutenção, estamos entregues à própria sorte, não temos serviços de limpeza eficaz, nem mesmo perspectivas de algo vá melhorar. Quem frequenta o Mercado da Produção vem porque sabe da qualidade dos produtos com preços acessíveis. Temos fregueses fieis que es”, contou.
Lena Moraes vende ração e produtos para animais. Paga aproximadamente R$ 70,00, por mês, para manter o box. Assim como os demais permissionários, trabalha de domingo a domingo, das 5 da manhã às 15 horas. Não para nem no feriado, sem dia santo. Apesar de tanto esforço para levar para casa o pão de cada dia, diz que se sente sem voz ao não ter a quem reclamar ou reivindicar alguma melhoria para o Mercado da Produção. Tanto para quem vende quanto para os fregueses.
“E estamos falando dos problemas em tempo de estiagem. No inverno, aqui é só lama, lixo e esgoto. Precisamos ser enxergados, temos necessidades de melhorias”, concluiu.
Secretaria anuncia finalizar projetos para obras na Levada
A Secretaria Municipal de Abastecimento, Pesca e Agricultura informou, através de nota enviada pela assessoria de comunicação, que está em fase de finalização dois projetos para o Mercado da Produção e do Artesanato, que prevê instrumentos para o combate ao incêndio. Os projetos para a construção do Novo Mercado no Jacintinho, Benedito Bentes e Tabuleiro do Martins também estão em andamento e contarão com sistema para prevenção e contenção de possíveis incêndios.
Após a finalização, as obras serão licitadas, afirmou, sem detalhar sobre datas ou prazos.
A Secretaria salientou que atua para realizar reparos e manutenções em todo o mercado, com o intuito de minimizar possíveis situações, enquanto a obra para o novo mercado segue os trâmites legais.
“Para isso, já solicitou o levantamento e fiscalização pela Equatorial das ligações clandestinas de energia, além da individualização dos quadros de energia por permissionário”, acrescentou.
A Secretaria solicitou a compreensão dos permissionários para ajudar no combater às ligações irregulares pela segurança de todos os que frequentam e utilizam o espaço.
Incêndio causou prejuízo superior a R$ 600 mil
Enquanto as obras não são iniciadas, a desolação toma conta da vida do permissionário Ivanildo Gama, 76 anos, 60 dos quais trabalhando no mercado.
Sua loja foi completamente destruída no incêndio da semana passada. Perdeu, queimados, todos os equipamentos eletrônicos e instrumentos musicais que vendia e consertava. Ele estima o prejuízo em torno de R$ 600 mil.
“Eu nem tinha desembrulhado os cinco violões que tinham acabado de chegar. E tem cliente que está brando a responsabilidade pelos equipamentos que estavam no meu box”, lamentou.
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