Cidades
Mais de 200 mil comparecem à Bienal Internacional

Mais de 200 mil pessoas visitaram a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas durante os sete primeiros dias do evento. O maior evento cultural e literário do estado segue com diversas atrações até domingo (20), no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro de Jaraguá. Expectaviva é a de que, até o final, 350 mil pessoas passem pelo evento literário.
Quem visita a Bienal pode conferir, em um dos estandes, grandes obras literárias que cabem na ponta dos dedos. Os minilivros contemplam assuntos que vão desde Ciências Sociais, Direito, Religião, Esportes, Astrologia, literatura infantojuvenil, clássicos da literatura universal e brasileira e outros.
O expositor da banca ‘Os Menores Livros do Mundo’, Elias Avilio, conta que os minilivros fazem sucesso entre os adultos e crianças. “O pessoal fica muito curioso, pelo trabalho, formato, as pessoas não acreditam que tem conteúdo mesmo, que dá para ler. Temos livros a partir de R$ 1, que são os microlivros. Depois, temos livros de R$ 7, R$ 12, R$ 20, R$ 30 e até R$ 48. Todos os preços”, afirmou.
As estudantes Laura Melo e Maria da Glória Pinheiro ficaram encantadas com os minilivros e todo o evento. “É uma coisa nova para a gente, nossa primeira Bienal. Está sendo muito legal ter um monte de jovens e um monte de livros em um lugar só. E os preços estão melhores do que em livraria comum”, afirmou Maria da Glória.
Até o final do evento, serão mais de 400 lançamentos, 20 palestras, 80 mesas-redondas e 10 tipos de oficinas, além de conversas com autores renomados, espetáculos musicais, entre outras atrações.
A advogada Jackeline Formiga faz parte do grupo de escritores independentes que estão tendo a oportunidade de lançar suas obras na chamada Praça de Autógrafos Paraíso de Papel, na Bienal. “Os Olhos de Júlia e os Cabelos de Álice” é o primeiro livro lançado pela escritora independente.
“É um romance com temática LGBT, que conta a história de duas mulheres que se descobrem apaixonadas e lutam para ficar juntas. É meu primeiro livro, mas já tenho outros dois escritos para serem lançados”, contou Formiga.
Para a autora independente, lançar o primeiro livro na Bienal é uma oportunidade ímpar. “Há um ano eu comecei a escrever um romance e hoje ele está em uma Bienal Internacional. Isso, para uma escritora independente, é uma conquista maravilhosa porque já valoriza a obra e lança a autora para o mundo. Até o dia 11 de agosto, ‘Os Olhos de Júlia e os Cabelos de Álice’ era só meu. Agora, ele pertence a um universo de pessoas que vão ler e se encontrar nele. Torço por isso”, afirmou Jackeline Formiga.
Já o arquiteto Tiago Amaral está relançando dois livros durante o evento. O autor conta que o primeiro livro que lançou foi como escritor independente, na primeira Bienal do Livro que teve em Alagoas, em 1998. “Estou relançando ‘Filho de Peixe Peixinho não é’ e ‘A Casa da Reinação’, que são livros que fizeram parte de outras gerações de crianças e agora vão fazer parte de uma nova geração. O primeiro, inclusive, lancei na primeira Bienal que teve. Por enquanto, só tenho livros infantis, mas estou gestando um livro de romance para o público adulto”, disse.
Entre o público infantojuvenil, o Edu, um simpático robô que dança e se apresenta, e personagens infantis como a boneca Emília, palhacinhos superdivertidos Beijoquinha e Pimentinha, além de príncipes e princesas, são atrações que têm feito sucesso.
A estudante Janaína dos Santos foi pela primeira vez à Bienal e levou os filhos João Henrique, de 7 anos, e Maria Júlia, de 3 anos, para também conhecer. “Na verdade, eles que me incentivam mais porque gostam mais de livros. O João está aprendendo a ler e gosta muito. Inclusive, todos os dias tenho que contar histórias para eles antes de dormir. Mas estou adorando, tem muita interatividade, é um evento muito interessante, com muitos atrativos para as crianças”, contou.
Órgãos como o Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran) e o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA) também estão com atividades voltadas para a criançada na Bienal, como oficinas de pintura natural, pintura de rosto, contação de histórias, presença dos mascotes Detranzito e a Detranzita, e do projeto Nossa Praia – o peixe boi Astro e a tartaruga Doroty.
A 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é gratuita e aberta ao público das 10h às 22h.
“Chico de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia” estreia no evento
Celebrando os 130 anos do poeta e escritor Jorge de Lima, o espetáculo “Chico de Assis conta Jorge de Lime e a Invenção da Poesia”, estreou no Teatro Gustavo Leite dentro da programação da Bienal internacional do Livro de Alagoas.
Chico de Assis apresentou curiosidades, memórias, além de escultura, pintura e fotomontagem do poeta homenageado. O espetáculo conta com contribuições de outros artistas como Lasar Segall, Mario de Andrade, Murilo Mendes, José Lins do Rego, Raquel de Queiroz e Graciliano Ramos, e com o movimento Modernista que completou 100 da Semana de 22.
Para o ator, celebrar Jorge de Lima, é celebrar a identidade brasileira. “É celebrar as raízes de Alagoas, podemos dizer, a Alagoas profunda, seus costumes, suas tradições”, contou Chico de Assis, que celebra 45 anos de carreira artística, com trabalhos no cinema, novelas, minisséries na TV Globo, tendo passagens por programa de entrevistas e trabalhos internacionais.
Para Chico, não existe lugar melhor para comemorar os 130 anos de Jorge de Lima do que a Bienal. “Na Bienal onde temos escritores intelectuais, o povo, em suas diversas manifestações, acompanhando tudo que está acontecendo aqui na Bienal. É uma necessidade para nós, alagoanos, a gente celebrar os nossos artistas, os nossos escritores, a nossa identidade, a história do nosso povo, e o Jorge Lima, ele é impregnado disso tudo. Viva Jorge Lima, viva à Bienal”, afirmou.
E ele vai ainda mais longe quando diz que celebrar Jorge de Lima é uma necessidade. “É uma necessidade nossa, o nosso grande poeta de língua portuguesa, e com o nosso orgulho um alagoano de União dos Palmares. Nesses 130 anos, nós devemos sim compartilhar esse momento que é tão importante para a literatura brasileira, que é a obra do Jorge de Lima”, ponderou Assis.
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