Cidades
Alagoas registra 16 ocorrências com 7 mortes por choque elétrico
Dados são do primeiro trimestre deste ano; Nordeste lidera quando acidente envolve passagem condutora de corrente

Os registros de acidentes elétricos cresceram assustadoramente no primeiro semestre de 2022 no Brasil e a região Nordeste continua liderando quando o acidente envolve choque elétrico, com um total de 138 ocorrências, que tiraram a vida de 109 pessoas. Em Alagoas foram contabilizadas 16 ocorrências com sete mortes de janeiro a junho deste ano, sendo dois óbitos na capital alagoana, um na Barra de Santo Antônio, um em Arapiraca, um em Santana do Ipanema, um em Água Branca e outro em São Brás. Os dados são da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel).
Em entrevista ao canal da Tribuna no Youtube, Jobson de Araújo, professor universitário e engenheiro de eletricidade, enfatizou que muitos desses acidentes de origem elétrica poderiam ter sido evitados se as pessoas dessem mais atenção à qualidade das instalações e não fizessem nenhum tipo de improviso ou gambiarra elétrica.
“O barato sai caro, muitas vezes a pessoa quer fazer e faz a instalação por conta própria e acaba sofrendo um acidente por um inimigo invisível que é a corrente elétrica, por exemplo, não é recomendado o uso de Ts e principalmente extorsões, porque basicamente ninguém ler o que vem orientando neles, há um número que indica a capacidade máxima suportável, então, por ninguém fazer essa conta, há uma sobrecarga e consequentemente poderá gerar incêndios ou até aquecimento por tantos fios expostos”, explicou.
“Por isso, a importância de um profissional capacitado para fazer as instalações elétricas de forma adequada, porque do contrário um choque elétrico poderá ser fatal”, frisou.
De acordo com a pesquisa da Abracopel, o aumento dos incêndios no país é originado por sobrecarga de energia e posterior curto-circuito. Em 2019, foram 260 casos de incêndios oriundos de sobrecarga elétrica; em 2020, 287; e, no ano passado, 288.
Para Araújo é fundamental que o poder público incentive campanhas de prevenção e combate também a incêndios. Ele citou o Encontro Estadual promovido pelo Ministério Público de Alagoas (MP/AL), no dia 29 de março deste ano, do qual, o especialista abordou um eixo temático sobre a engenharia e o plano de segurança contra incêndio e pânico.
“Os disjuntores são feitos para proteger os circuitos elétricos, os condutores que chegam até as tomadas e que dependem de muitos fatores, entre eles, o local onde está instalado, a temperatura ambiente, agrupamento de fios; e isso não pode ser negligenciado. Muitas vezes há apenas um disjuntor para vários equipamentos, por isso, a necessidade de um profissional qualificado para orientar e fazer um projeto adequado prevendo o que pode ocorrer nas instalações”, observou.
Ele também lembrou a norma [NBR 5.410] que obriga o uso do Dispositivo Diferencial Residual (DR) nas instalações elétricas, mas que infelizmente essa regra é ignorada pela maioria dos brasileiros. “A função do aparelho DR é detectar fugas de corrente elétrica, como uma criança colocando o dedo na tomada, e assim desligar o circuito elétrico impedindo os acidentes ocasionados por choques elétricos, mas infelizmente a regra continua sendo ignorada”, ressaltou o especialista.
Jobson de Araújo também chamou a atenção para o descuido dos brasileiros com a manutenção das instalações elétricas, já que segundo ele, deve acontecer de dez em dez anos, e ser realizada por profissionais devidamente capacitados.
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