Cidades
José Wanderley Neto passa presidência de entidade nacional a cirurgião paulista
Academia foi criada em outubro de 2019 durante o Simpósio Nacional de Transplante Cardíaco em Maceió

Maceió será palco de reunião da Academia Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (ABCC), na próxima sexta-feira (2), em um evento que contará com a presença de expoentes da cardiologia nacional e posse do novo presidente da entidade, Enio Buffolo (SP), que sucederá o alagoano José Wanderley Neto.
Além do evento, que acontecerá no Maceió Mar Hotel, os especialistas acompanharão também a inauguração, na mesma data, do Instituto do Coração pelo governador Paulo Dantas em companhia do ex-governador Renan Filho.
A academia foi criada em outubro de 2019 durante o Simpósio Nacional de Transplante Cardíaco em Maceió, com o objetivo de preservar a memória e documentar para as futuras gerações a história da cirurgia cardíaca no Brasil.
Mas sua instalação formal só aconteceu em junho deste ano, durante o 48º Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCC) em Porto Alegre. Na ocasião, o cirurgião cardiovascular alagoano José Wanderley Neto, que era o anfitrião do evento, e por sua contribuição à cardiologia brasileira, foi escolhido por unanimidade seu primeiro presidente.
Sua escolha foi calcada no pioneirismo de realização de cirurgias e transplantes cardíacos no Norte-Nordeste, além de contribuições nacionais com aperfeiçoamento das técnicas de tratamento de pacientes cardiopatas. Em razão de outros afazeres, entre eles a candidatura a deputado estadual por Alagoas, José Wanderley decidiu se afastar da direção da entidade.
Seu substituto, o também cirurgião cardiovascular Enio Buffolo, criou em 1982 a técnica de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea, “com o coração batendo”, como gosta de dizer, e em 1996, quando publicou o resultado de seu trabalho na “Annals of Thoracic Surgery”, o procedimento passou a ser conhecido e aplicado internacionalmente.
Já na década de 1990, Enio Buffolo desenvolveu o tratamento dos aneurismas da aorta com endo-prótese tanto do aneurisma, como da dissecção da aorta, no Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo e afiliados. Mais do que isso, colaborou na feitura de uma prótese nacional e hoje, seu grupo tem mais de mil pacientes operados, o que também lhe valeu renome internacional.
Seu trabalho e contribuição já fazem parte também da documentação da ABCC e estará à disposição de pesquisadores e historiadores que no futuro desejem rever a história da cardiologia.
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