Cidades
Caixa e construtora se reúnem com moradores de prédios com fissuras
Reunião para tratar dos problemas no Residencial Vale do Amazonas, em Rio Novo, está marcada para quinta no Caop

Moradores do Residencial Vale do Amazonas, localizado no Rio Novo, em Maceió, se reúnem, nesta quinta-feira (25), com representantes da Caixa Econômica Federal (CEF) e da Construtora Uchôa, na sede do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (Caop), no bairro do Farol.
A reunião foi marcada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL) e Defensoria Pública da União (DPU/AL), após visita ao bairro para constatar de perto a situação enfrentada pelos moradores, na última sexta-feira (19).
Durante a vistoria in loco, os representantes dos órgãos falaram sobre as medidas que serão buscadas de forma emergencial. Segundo eles, a suspensão da cobrança das prestações de financiamento pela Caixa, a realocação e o fornecimento de aluguel social para as famílias atingidas pelas rachaduras são as mais urgentes.
Até o momento, a Defesa Civil de Maceió recomendou a desocupação de 12 blocos, totalizando 48 apartamentos, por risco de desabamento de forma abrupta. Seis blocos foram evacuados no mês de julho e os outros seis receberam a recomendação de desocupação na semana passada. Além das evacuações, o órgão também recomendou a demolição de oito apartamentos, para preservar a vida dos moradores dos demais blocos.
De acordo com a Defesa Civil Municipal, o órgão acompanha a evolução da situação desde quando houve solicitação dos moradores no local, no dia 11 de julho, e, até o momento, não há indicação para novas demolições.
Em nota, a Caixa informa que o Residencial Vale do Amazonas foi contratado no âmbito do Programa Minha, Casa Minha Vida – FAIXA I – FAR e teve suas obras realizadas pela Uchôa Construções Ltda. ''Assim que o banco tomou conhecimento da interdição de unidades habitacionais, notificou a construtora responsável pela obra para avaliação e posicionamento. Também foi acionada a concessionária BRK, para que preste esclarecimentos sobre escavações feitas no entorno do local antes e durante o surgimento dos problemas relatados, e para que informe sobre as medidas a serem adotadas para sanar a situação''.
A Caixa disse ainda que aguarda a apresentação dos laudos técnicos que estão sendo providenciados pelas empresas para verificar as causas e responsáveis pelos danos, assim como as providências que deverão ser adotadas, visando preservar os interesses dos beneficiários e do FAR.
Famílias do Vale do Paraíba são afetadas por isolamento
Moradores do Residencial Vale do Parnaíba também foram afetados, apesar de não apresentar nenhum problema no solo, porque ficaram sem acesso. Segundo o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, 270 unidades residenciais ficaram isoladas por causa das rachaduras e o órgão não pode liberar nenhum serviço de engenharia para construção de vias alternativas, por causa do afundamento.
A operadora de caixa Maria Betânia faz parte do grupo de moradores que participará da reunião nesta quinta-feira (25). Ela disse que ainda não recebeu nenhum tipo de auxílio. “Sou da segunda remessa que mandaram sair dos apartamentos. O meu apartamento não tem rachadura, mas o quintal está rachado e o muro acabou caindo. Desde o dia que mandaram a gente sair, alugamos um local e estamos esperando o auxílio aluguel”, contou.
Segundo Maria Betânia, muitos moradores estão também com dificuldade para entrar em contato com a Caixa Econômica Federal. “Está todo mundo aperreado. Já tentei ligar para a Caixa, através do 4004-0104, mas não atenderam. Eu pago todo mês e, se eu não entrar em contato para suspender as parcelas, vão continuar a surgir e eu vou quebrar o financiamento. Aí, mais uma vez, eu sou a prejudicada”, afirmou.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Caixa Econômica Federal para saber se irá atender o pedido do MP/AL e DPU para suspender a cobrança das prestações dos imóveis financiados pelo banco, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.
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