Cidades

Jorgraf e GQTech lançam em Brasília programação de seminário sobre a Região Metropolitana de Maceió

Evento será realizado na próxima sexta (26), no Hotel Jatiúca, com especialistas debatendo modelos econômicos, sociais e ambientais

Por Mário Lima – Especial para a Tribuna Independente 20/08/2022 09h15 - Atualizado em 23/08/2022 10h16
Jorgraf e GQTech lançam em Brasília programação de seminário sobre a Região Metropolitana de Maceió
Presidente da ANJ, Marcelo Rech, recebeu convite para o seminário dos gestores da Jorgraf - Foto: Edgar Marra / ANJ

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD) recebeu, em Brasília, na quarta (18), um convite especial para o “Seminário Impacto da Convergência na Região Metropolitana de Maceió (RMM), que será realizado no Centro de Convenções do Hotel Jatiúca, na próxima sexta-feira (26). O convite foi entregue ao parlamentar pelo presidente da Cooperativa de Jornalistas e Gráficos do Estado de Alagoas (Jorgraf), José Paulo Gabriel e o diretor administrativo e financeiro, jornalista Flávio Miguel de Oliveira Peixoto.

Pacheco ouviu dos dirigentes da Jorgraf um resumo dos 15 anos da única cooperativa de jornalistas e gráficos do Brasil, e agradeceu pelo convite, parabenizando pelo evento. O encontro com o senador foi durante a posse do presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Pacheco também prestigiou a posse do novo presidente executivo da entidade, jornalista Marcelo Rech, que foi reconduzido à função. Rech também recebeu o convite e lembrou ainda da comemoração dos 15 anos do jornal Tribuna Independente.

“Juntos, erguidos a partir de ideias e ideais coletivos e democráticos, o jornal e a Jorgraf contribuem para a integração das comunidades da região e para o desenvolvimento de Alagoas. Esse seminário abre novos caminhos para a cooperativa. Em nome da ANJ parabenizo toda a equipe da Jorgraf e da Tribuna Independente”, mencionou.

TEMAS DO MOMENTO

O seminário é uma realização da Jorgraf - e sua rede de comunicação impressa, TV e portal - em parceria com a empresa alagoana GQTech Tecnologia e Gestão. O evento terá conferências, debates e discussões sobre modelos para a Região Metropolitana de Maceió e seus 13 municípios – que concentram 52% do Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas – que tenham impactos positivos para que as pessoas vivam de forma inclusiva, humana e que respeite o meio ambiente.

O seminário traz como convidado especial Renato Regazzi, do Rio de Janeiro, mestre em Gestão Tecnológica, pós-graduado em Engenharia de Produção pela UFRJ e especialista em Estratégia para Inovação pela Universidade de Stanford (EUA). Regazzi abre o evento com a exposição de um tema do momento: A Economia do Mar e o Desenvolvimento Sustentável na Região Metropolitana.

“O desenvolvimento pela economia do mar ou economia azul é a soma das atividades que tenham o mar, os rios e o sistema lagunar, como recurso ou meio. Essa economia passa pela convergência setorial das atividades econômicas e sociais no ambiente da região, formando um sistema produtivo integrado e não fragmentado”, assinalou o coordenador e mediador do evento, Antonio Pinaud, diretor presidente da GQTech, especialista em Gestão Estratégica pela Escola de Economia da FGV/RJ e Liderança Executiva – Universidade de Harvard e especialista em planos de desenvolvimento local e regional sustentável.

Até o final do evento, durante toda manhã, haverá intervenções e debates sobre essas novas megatendência em Alagoas, com convidados que participaram da primeira edição do seminário, em junho, e que agora estão de volta para expor temas, junto com novos especialistas e novos temas como: Sustentabilidade Ambiental; Bacias Hidrográficas na RMM; Economia Metropolitana e Desenvolvimento Local; Convergência Tecnológica; Design e a Conexão Metropolitana e Agricultura Sustentável e a Metrópole.

Artigo

Você conhece os oceanos? 

Renato Regazzi e Antonio Pinaud*

O significado da palavra literacia, derivada do inglês literacy, na língua portuguesa é a capacidade de um indivíduo de ler, entender, escrever, interpretar e explicar o que é lido e compreendido. É a habilidade de adquirir conhecimentos e desenvolver as suas potencialidades por meio da escrita, leitura, oratória e participar ativamente da sociedade de forma positiva.

O termo “Literacia do Oceano” nasceu em 2004 nos EUA para suprir a necessidade de temas ligados ao oceano no ensino formal. Este conceito foi adaptado por muitos países ao redor do mundo, no qual é possível destacar Portugal, que em 2017 criou o engenhoso programa “Escola Azul”. Um exemplo extraordinário de informação, formação e multiplicação dos conceitos da “Economia do Mar ou “Economia Azul”, promovendo a formação e o fortalecimento da consciência marítima na população.

Um belo exemplo reconhecido pela Unesco - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura - e que pode ser utilizado no Brasil de forma sistêmica.

Então a “Literacia do Oceano” pode ser considerada um tema estratégico global, que promove a aglutinação e convergência de setores e atores, em uma só voz em prol do desenvolvimento sustentável a partir do oceano, preservando o seu ecossistema e ao mesmo tempo gerando desenvolvimento econômico e social, de forma justa e responsável.

A Unesco identifica várias perspectivas em relação ao tema “Literacia do Oceano”, definidas em 7 perspectivas que servem de referência para todos os atores que desejam fomentar o desenvolvimento sustentável do oceano, traduzido pela lógica do fomento por meio da “Economia Azul”. O primeiro termo é a ciência, que significa compreender o oceano a partir de bases de conhecimentos e pesquisas científicas; a segunda é a história relacionado a vida humana e sua relação com o oceano; a terceira é a geografia onde os desafios para a sustentabilidade do oceano assumem aspectos locais, nacionais e globais; e a quarta perspectiva é cultural, que pode ser interpretada como uma percepção singular associada a uma determinada comunidade.

Ainda em relação as perspectivas estabelecidas pela Unesco, temos a quinta que representa o gênero, interpretado como os aspectos culturais e sociais responsáveis por moldar o acesso aos recursos marinhos de maneira diferente entre homens e mulheres, sendo necessário o seu entendimento. Como sexta perspectiva, temos o reconhecimento do valor do oceano, a valorização das pessoas que se relacionam com o mar, promovendo ações comuns e de cidadania. E por último a sustentabilidade, que é o cuidado com o oceano e seu ecossistema, é a visão do hoje e do futuro das atuais e novas gerações, que irão depender de decisões políticas e quais valores são desejados pela sociedade. A sustentabilidade representa a integração entre a economia, o meio ambiente e a sociedade.

Levar estes conceitos para as escolas, universidades e empreendedores brasileiros promoverá uma grande transformação na sociedade, formando cidadãos com consciência marítima, que olharão o oceano como fonte de oportunidades, trabalho e renda, preservando os ecossistemas marítimos.

*Especialistas em Desenvolvimento Local e Regional Sustentável