Cidades

Duas advogadas concorrem a vaga de desembargador do TJ/AL

Lavínia Cavalcanti e Claudia Lany foram eleitas para compor a lista sêxtupla da advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil

12/07/2022 11h36 - Atualizado em 12/07/2022 12h19
Duas advogadas concorrem a vaga de desembargador do TJ/AL
Ministro do STJ, Humberto Martins, parabenizou as candidatas eleitas - Foto: Reprodução/Instagram

Pela primeira vez na história de Alagoas, duas mulheres advogadas, Lavínia Cavalcanti e Claudia Lany, foram eleitas para compor a lista sêxtupla da advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Alagoas (OAB), concorrendo ao cargo de desembargadora/o do Tribunal de Justiça de Alagoas.

Um abaixo-assinado foi criado e a partir de agora o TJ/AL formará sua lista tríplice para, ao final, o governador do Estado, Paulo Dantas, escolher quem ocupará a vaga. 

O atual governo estadual já se posiciona pela paridade ao ter um secretariado formado por mais mulheres. Para ele, indicar uma mulher ao desembargo será, para além de um marco de coerência, um legado inquestionável e inesquecível de compromisso com as mulheres. 

"Sabemos que as mulheres são a maioria da advocacia e a maioria da população alagoana.Sabemos, também, que o TJ/AL teve apenas 3 mulheres ao longo de mais de um século de sua existência, o que significa um percentual de menos de 3% de representatividade feminina".

O site onde se encontra a carta de petição ressalta que atualmente apenas uma única mulher é desembargadora. "Ter duas mulheres na lista sêxtupla foi um avanço diante da realidade perversa de exclusão feminina, sobretudo porque foram 3 mulheres que fizeram suas campanhas com poucos recursos e em um cenário de mais 19 candidaturas masculinas".

"Está nas mãos do TJ/AL e do governo do Estado ser um exemplo para o Brasil indicando uma desembargadora, melhorando o cenário de sub-representatividade feminina e se aproximando, efetivamente, do real conceito de democracia e justiça, que por sua própria essência, só se realiza considerando a diversidade de seus jurisdicionados e jurisdicionadas", destaca.

Ainda de acordo com a carta de petição, profissionais da advocacia e sociedade conclamam ao TJ/AL que tenha, pela primeira vez, duas mulheres em sua lista tríplice e ao Governador que indique a quarta desembargadora da história do estado em mais de um século e a primeira advogada oriunda do quinto constitucional. 

"A história é feita de oportunidades. Que esta não seja desperdiçada. Subscrevem esta carta advogadas e advogados, cidadãos e cidadãs, bem como as entidades:Coletivo Advogadas de Alagoas - ONG Paridade de Verdade - Associação das Mulheres de Carreira Jurídica de Alagoas - Centro de Defesa dos Direitos das Mulheres - Carmim Feminismo Jurídico".