A ausência de mulheres nos cargos de poder dificulta que pautas femininas cheguem aos espaços políticos

Enquanto secretária de Relações Institucionais na Prefeitura de Rio Largo, Gabi trabalhou na construção de projetos voltados para as mulheres. Como o projeto “Seu bebê, nosso presente” que ofertou kits de natalidade e acompanhamento pré-natal para as mães atendidas pelo CRAS municipal, e também o “Viva nossa gente", que ofertou ações integradas com as secretarias municipais, levando especialidades médicas, ações sociais, entre outros serviços, de forma itinerante às mulheres de Rio Largo.

São muitas as demandas das mulheres alagoanas. A escuta de Gabi Gonçalves a cada visita revela a importância de elaborar programas e projetos que supram as necessidades das alagoanas.

“Todos os meus encontros têm reforçado a importância de debater o espaço da mulher na política. Nós temos o poder de decidir quem realmente nos representa. E quando eu falo de representar é sobre saber a dor que existe dentro de uma mulher, de uma mãe, de uma dona de casa, de uma trabalhadora”, declarou Gabi Gonçalves.

Nas últimas eleições gerais a participação feminina em candidaturas foi de apenas 31,65%, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa ausência de mulheres nos cargos de poder dificulta que as pautas femininas cheguem aos espaços políticos. Segundo Gabi, para que as mulheres sejam vistas e suas demandas solucionadas é preciso ter mais representação na política “Nós somos maioria, mas infelizmente não somos a voz da maioria. Ainda somos esquecidas porque não acordamos e descobrimos a importância e o poder que temos. Então está no momento de virarmos essa página e dizer que a mulher também pode chegar na política e ocupar o lugar que ela quiser”, reforça.

Nas eleições de 2018 apenas cinco mulheres foram eleitas para a Assembleia Legislativa de Alagoas, em um total de 27 parlamentares. Em Outubro, Gabi Gonçalves (PP) busca uma vaga na Casa Tavares Bastos.