Cidades
Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa é lembrado com palestra em Maceió

O Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa é celebrado nesta quarta-feira (15), e para marcar a data, acontece na noite de hoje uma palestra com o tema “Idadismo e Etarismo”, ministrada pela fisioterapeuta Renata Lima, na Universidade Tiradentes (Unit), promovida pela Associação Nacional de Gerontologia de Alagoas (ANG/AL).
Este mês dedicado à conscientização é denominado Junho Violeta e alerta para a responsabilidade de cada um na construção de uma sociedade que respeite e garanta os direitos dos 60+. A data foi instituída em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa.
De acordo com a presidente da ANG/AL, Marta Ferreira, a situação de violência contra a pessoa idosa é uma realidade preocupante em Maceió e no estado de Alagoas.
“Sabemos pelo senso comum e pela prática profissional, que em Maceió e em Alagoas, temos uma realidade preocupante, mas o poder público local não tem uma sistematização dos dados a respeito. A subnotificação acerca das denúncias é outro aspecto importante”, salientou.
Com 30 denúncias em cinco meses, a Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) alertou para os casos de violência contra a pessoa idosa no estado. Foram registrados, somente em 2022, quatorze assassinatos e 16 crimes contra o patrimônio envolvendo vítimas com idade igual ou superior a 60 anos.
Em 2021, trinta e um idosos foram assassinados em Alagoas, de acordo com levantamento da OAB/AL. Os dados mostram que os homens lideram as estatísticas e são as principais vítimas. Os crimes ocorreram em Maceió e no interior do estado, em cidades como Arapiraca, Rio Largo, Piaçabuçu, Mata Grande e São Sebastião.
O presidente da Comissão Especial do Idoso da OAB/AL, Gilberto Irineu, lembra que 15 de junho é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, destaca a importância da data e lembra a necessidade de que a sociedade esteja vigilante e denuncie possíveis casos.
“Os crimes mais comuns que chegam à OAB são os crimes contra o patrimônio, nos quais normalmente familiares retém os recursos dos idosos, comprometendo a qualidade de vida da vítima. Outro crime que é recorrente é o cárcere privado, no qual as vítimas acabam aprisionadas”, ressaltou Gilberto Irineu.
Dados nacionais divulgados pelo Disque 100, indicam que em 2020 foram registradas 77,18 mil denúncias por violência contra a pessoa idosa, 33,6 mil violações somente no período inicial da pandemia.
“Na pandemia a pessoa idosa foi considerada o bode expiatório, por ser mais vulnerável à doença e ser prioridade no processo de imunização. Muitos maus-tratos aconteceram, infelizmente os números não são divulgados”, observou Marta Ferreira.
Ela lembrou que a violência contra a pessoa idosa, contradiz os princípios da Constituição Federal de 88 e os direitos humanos, considerando que atinge a dignidade de pessoas que estão em processo de envelhecimento e precisam de respeito. “A lógica é acrescentar vida aos anos e não anos à vida, apenas”, frisou.
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