Cidades
“Acreditamos numa ação bem sucedida”, diz morador do Flexal
Após apresentar estudo técnico à Defensoria, representante do MUVB diz que próximo passo será judicializar o caso

Cerca de um mês após ser apresentado à comunidade, o estudo contendo laudos técnicos sobre os impactos do afundamento de solo nos Flexais foi entregue à Defensoria Pública Estadual (DPE). Segundo as lideranças, os próximos passos envolvem acionar a Justiça para garantir a realocação dos 800 imóveis que ainda permanecem ocupados na região.
A DPE se manifestou há semanas confirmando a necessidade de judicializar o caso pela falta de “vontade de resolução administrativa” por parte da Braskem. A Tribuna Independente conversou com o representante do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB), Maurício Sarmento, sobre as expectativas da comunidade com o andamento do caso. Ele afirma que existem provas contundentes de que os prejuízos vão além do ilhamento socioeconômico, envolvem efeitos da subsidência e movimentação do solo. Além disso, Sarmento detalha que as chuvas têm prejudicado ainda mais a rotina de quem mora no local.
Tribuna Independente - O MUVB já vinha se posicionando favorável a judicialização do caso como forma de resolução. Vocês pretendem ingressar com ação cobrando a saída do bairro?
Maurício Sarmento - Nós ofertamos a Defensoria todos os argumentos necessários para que eles ingressem com uma ação e no nosso ponto de vista uma ação bem sucedida. Porque é inadmissível que ainda tenhamos moradores numa área com risco. Nós apresentamos à DPE todos os argumentos técnicos e ela nos falou que há intenção de judicialização daquelas áreas.
Tribuna Independente – Com a entrega do estudo à Defensoria Pública do Estado qual a expectativa da comunidade em relação ao caso?
Maurício Sarmento - Estamos com uma expectativa enorme com a entrega dos laudos, porque, com esses estudos, nós conseguimos atestar que os Flexais estão sofrendo os mesmos efeitos de subsidência dos bairros do Pinheiro, Mutange, Bom Parto e Bebedouro. Inclusive, com um estudo do professor Abel Galindo, que estende toda a área de influência das minas para o Flexal. Estamos aguardando ansiosamente pela saída do bairro, para que toda essa situação seja resolvida e que aconteça a entrada no programa de compensação financeira.
Tribuna Independente - Na sua avaliação quais motivos têm dificultado a inclusão desses imóveis no mapa de risco?
Maurício Sarmento – No meu ponto de vista é a economia burra da Braskem. A Braskem vai gastar muito mais com revitalização das áreas do que com a realocação. É essa economia burra que a Braskem está tentando fazer que está atrapalhando. Os argumentos estão postos, as áreas estão sendo afetadas pelo crime que eles cometeram e eles insistem nisso. Em não gastar mais grana com essa situação, que não é nem gasto é uma reparação.
Tribuna Independente – A comunidade tem sido afetada pelos efeitos da chuva, inclusive com o desabamento de três imóveis nas últimas semanas após deslizamento de barreiras. Qual a situação atual da comunidade considerando mais esse agravante?
Maurício Sarmento – É uma aflição tremenda. Uma incerteza muito grande do que vai acontecer porque aquela área tem barreiras e a subsidência do solo acontecendo, é uma situação muito difícil. Inclusive com uma casa que caiu e não estava nem sobre a barreira. Todos os dias quando chove, os moradores daquela região se preocupam. Temos que realocar as pessoas para outros cômodos que ofereçam menos risco dentro da própria casa.
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