Cidades

Jorgraf encerra primeiro ciclo de debates sobre RMM

Discussões foram voltadas para problemas causados pelas chuvas que atingem Alagoas, bacia hidrográfica e meio ambiente

Por Mário Lima com Tribuna Independente 09/06/2022 06h46 - Atualizado em 09/06/2022 15h40
Jorgraf encerra primeiro ciclo de debates sobre RMM
Debate desta quarta-feira (8) reuniu engenheiros, ambientalistas, economistas, especialistas e diretores da Jorgraf - Foto: Edilson Omena

Discussões sobre o meio ambiente, a bacia hidrográfica e a situação do momento provocada pelas chuvas e as cheias que atingem Alagoas foram os temas do 1º Ciclo de Debates “Região Metropolitana de Maceió (RMM) – Desafios da Convergência”. Em uma tarde que reuniu engenheiros, ambientalistas, economistas e especialistas, o evento foi realizado nesta quarta-feira (8), no Centro de Inovação Tecnológica, no bairro de Jaraguá.

Os conferencistas contribuíram com análises e estudos técnicos, para os debates, uma realização da Cooperativa de Jornalistas e Gráficos do Estado de Alagoas (Jorgraf) - e sua rede de comunicação impressa, TV e portal – e a empresa GQTec, do especialistas e coordenador do evento, Antonio Pinaud.

Entre os conferencistas que marcaram presença com sua colaboração técnica estavam os engenheiros Alex Gama e Manoel Maia Nobre, o economista Fábio Leão e a advogada ambiental Renata Lelis. Participaram também do debate o presidente da Jorgraf, José Paulo Gabriel dos Santos, e o diretor administrativo e financeiro da cooperativa, Flávio Peixoto.

O coordenador e mediador do 1º Ciclo de Debates RMM Desafios da Convergência, Antonio Pinaud, agradeceu aos diretores da Jorgraf e aos conferencistas, que contribuíram com palestras de alto nível, que serão registradas e publicadas pela Tribuna Independente ainda no mês de junho.

“Agradeço a todos colaboradores da cooperativa pela dedicação a essa ação inédita de uma rede de comunicação em Alagoas. Um projeto inovador com sinergia e empatia por este momento crítico da Região Metropolitana de Maceió, e agradecer aos especialistas. Esperamos mobilizar a sociedade e em especial gestores e políticos para a urgência da sustentabilidade ambiental da dessa região. O momento é gravíssimo para reverter os indicadores inadequados da sustentabilidade ambiental e social de nossa metrópole. As apresentações deverão ser veiculadas em caderno especial após a validação dos conteúdos técnicos pelos especialistas”, assinalou Pinaud.

O engenheiro ambientalista, Alex Gama, ex-secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, parabenizou a Jorgraf pelo momento oportuno dos debates. Ele alertou para o problema das bacias hidrográficas da região.

“Essas bacias têm ligação direta com o que estamos vendo hoje em Alagoas, com as chuvas que acontecem, principalmente nos rios Mundaú e Paraíba, que têm aspectos importantes, tanto ambientais como para a economia. Os milhares de pescadores que vivem das lagoas estão passando por momentos difíceis”, disse Gama.

O economista Fábio Leão reforçou o ponto de vista de Alex Gama: “Nossa colaboração técnica nesse debate chega em um momento muito oportuno, para que a gente comece a executar esse trabalho em conjunto, na Região Metropolitana como um corpo único, já pensando no processo de desenvolvimento social, e principalmente a questão humana. Tudo isso dentro de uma convergência de ações”.

Já o engenheiro e professor Manoel Maia Nobre apontou para que as ações dentro da RMM sejam mais próximas a uma visão sistêmica, de tudo que ocorre em torno dessa região.
“Só assim teremos uma melhor qualidade de vida, do ponto de vista dos recursos hídricos e do sistema lagunar. Esse sistema que deu o nome de nosso estado e nos deu a identidade de alagoano, e não podemos abandoná-lo! Temos que ter muito cuidado com os rios Mundaú e Paraíba, que estão recebendo uma grande carga de água, que traz sedimentos e muita contaminação em toda a bacia hidrográfica, além do problema da falta de saneamento que polui todos os municípios da Região Metropolitana. Trazendo mais e mais prejuízo para nossa flora e fauna, em uma ecologia que deveria orgulhar a todos nós alagoanos”, esclarece Manoel Maia Nobre.