Cidades

Erosão preocupa moradores no Jardim Petrópolis

Deslizamentos em encosta acontecem desde 2018 devido à falta de drenagem de águas pluviais e se agrava a cada ano

Por Sirley Veloso com Tribuna Independente 03/06/2022 06h37
Erosão preocupa moradores no Jardim Petrópolis
Erosão fica entre o Residencial Flor da Serra e a comunidade Poço Azul, no Jardim Petrópolis I - Foto: Edilson Omena

A erosão de uma barreira entre o Residencial Flor da Serra e a comunidade Poço Azul, no Jardim Petrópolis I, tem tirado o sono dos moradores da localidade. O deslizamento da encosta acontece desde 2018 e vem se agravando a cada ano.

A causa do problema é a falta de drenagem das águas pluviais (chuvas) do residencial. A professora universitária Silvia Martins, moradora de uma casa a menos de dez metros da barreira, disse que, além dos prejuízos causados aos proprietários do residencial, os deslizamentos oferecem risco à vida dos moradores de Poço Azul e causam danos ao meio ambiente.

A professora afirmou, que o forte volume de águas pluviais que desce pelo Flor da Serra vem provocando a erosão. “Em 2017 asfaltaram o residencial e não tiveram preocupação com a drenagem. O problema começou em 2018 e desde então só se agrava. Já levou grande parte da encosta e a minha casa está a menos de dez metros da barreira”.
Conforme Silvia, ano passado a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) esteve no local e colocou anteparos (quebra-molas), para tentar fazer o desvio e contenção das águas pluviais com intuito de desacelerar o processo erosivo. No entanto, a medida não deu resultados. Esse desvio das águas provocou outros problemas a vários moradores, que tiveram as residências alagadas.

Comunidade reclama da demora da prefeitura em solucionar o problema

Os moradores afirmam que a Seminfra realizou vistoria no local em maio do ano passado e alegou que eles precisariam aguardar a chegada da estação seca, a partir de setembro, para poder realizar os serviços de drenagem e de contenção da barreira, mas até o momento os serviços não foram realizados.

A professora Silvia disse que o volume de água é muito grande na barreira e a população que mora na comunidade Poço Azul pode ser bastante afetada, caso as obras não sejam realizadas urgentemente.

Selma Maria da Silva mora com o marido José Cláudio e um filho em um trecho de barreira na Comunidade Poço Azul. Ela disse que, quando chove, fica com muito medo. “Até sonho com a casa caindo”.

Por meio de nota, a Seminfra informou que os agentes de redução de risco da Defesa Civil estiveram no local para verificar a situação e fizeram os encaminhamentos necessários.
Segundo a nota, os agentes também constataram que a encosta não têm as condições mínimas necessárias para a aplicação de lona. A Seminfra disse que está elaborando um projeto para contenção da encosta e que, após o processo licitatório, será colocado em execução.

APREENSIVOS

Os Moradores do Flor da Serra e da Comunidade Poço Azul disseram que estão apreensivos e inconformados com a demora para solucionar o problema. Eles afirmam que a resposta da Prefeitura é vazia diante da urgência que o problema exige e que é preciso definir uma data para o início das obras e, consequentemente, a solução da situação, que preocupa, principalmente, devido às fortes chuvas que têm caído na capital alagoana.