Cidades
Brechó de trocas: evento da ETA UFAL promove consciência ambiental e sustentabilidade
A ação é aberta ao público e vai levar experiência de consumo que não envolva dinheiro

A Semana Fashion Revolution (SFR) é a principal campanha realizada pelo Fashion Revolution, maior movimento ativista de moda do mundo, com o objetivo de reimaginar coletivamente um sistema de moda justo e igualitário. Pela primeira vez, a Escola Técnica de Artes da Universidade Federal de Alagoas (ETA/Ufal), se junta ao evento com o brechó de trocas aberto ao público para promover consciência no consumo.
De acordo com a docente da ETA Ufal, Pollyanna Isbelo, representante do movimento Fashion Revolution em Maceió, a campanha é realizada no período de 18 a 24 de abril em todo o mundo. Mas, no Brasil por conta dos feriados, o evento foi prorrogado até dia 29.
''Este movimento surgiu após o grande desabamento de um prédio em Bangladesh, há nove anos e morreram mais de 1.000 pessoas e 2.500 ficaram feridas. Eram trabalhadores da indústria têxtil que trabalhavam em condições análogas a escravidão para as grande marcas globais. E por isso, a Semana Fashion Revolution acontece sempre na data do acidente, em 24 de abril com muitas ações em busca de melhores condições de trabalho e da sustentabilidade. Além disso, nessas datas próximas ao aniversário do colapso da fábrica Rana Plaza uma extensa rede de parceiros e colaboradores se unem para realizar ações digitais e presenciais em diversas cidades do Brasil'', explica Isbelo.
A representante em Maceió, conta que a ETA se uniu ao movimento ativista para promover consciência no consumo, visto que a área promove o consumismo. ''E por isso, surgiu a ideia em promover a reutilização de produtos e fazer pensar sobre a temática com a troca de produtos que não são mais utilizados e em bom estado de uso para que outras pessoas sejam beneficiadas sem envolver trocas financeiras''.
Pollyanna Isbelo antecipa que a maioria das peças que recolhidas até então, são femininas, mas estão abertas a quaisquer produtos e segmentos. Desde masculino, feminino e infantil. ''Temos peças de vestuário, calçados, acessórios bijus, bolsas e chapéus. E estamos abertos às novos produtos. Como falei, de modo geral buscamos promover consciência ambiental, sustentabilidade com o reuso e repensar o consumismo''.
Isbelo explica ainda que quem quiser participar da ação basta levar uma ou mais peça e fazer a troca no local. ''O evento é aberto ao público. Todos são bem vindos a vivenciar essa experiência de consumo que não envolve dinheiro'', comenta acrescentando que a ação terá grande apoio de alunas e alunos voluntários.
O evento acontece das 9h às 19hs na Escola Técnica de Artes da Ufal, na Praça Sinimbu, no Centro de Maceió, nesta quarta (27) e quinta-feira (28).

Com o tema: Dinheiro, Moda e Poder, ação pretender chamar atenção da indústria têxtil
Este ano, a Semana Fashion Revolution tem como tema: Dinheiro, Moda e Poder - e se baseia no conhecimento de que a indústria da moda convencional depende da exploração do trabalho e dos recursos naturais.
Para os organizadores do movimento, a riqueza e o poder estão concentrados nas mãos de poucos, ao passo que o crescimento e lucro são visados acima de tudo. Grandes marcas e varejistas produzem rápido demais e manipulam dentro de um ciclo tóxico de consumo excessivo. Enquanto isso, a maioria das pessoas que fazem as roupas não recebem o suficiente para atender às suas necessidades básicas e já sentem os impactos da crise climática — que a própria indústria da moda alimenta.
Para Orsola de Castro, co-fundadora e diretora criativa global do Fashion Revolution, é necessário voltar para o tema central da ação. "À medida que entramos no nosso 9º ano, vamos voltar para nosso tema central, expondo as profundas desigualdades e abusos sociais e ambientais nas cadeias produtivas da moda. Da distribuição desigual de lucros até os itens produzidos em excesso e descartados facilmente, passando pelos desequilíbrios de poder que são avessos à inclusão. Por outro lado, estaremos inspirando novos designers, pensadores e profissionais de todo o mundo que estão desafiando o sistema com soluções e modelos alternativos. A Semana Fashion Revolution é tudo isso, tanto uma análise profunda, como uma celebração da moda global e localmente, onde você estiver''.
Os organizadores do evento acreditam que durante a Semana Fashion Revolution, as marcas serão incentivadas a mudar a lógica do crescimento infinito, e os consumidores serão convidados a compreender o verdadeiro valor do que compram. No Brasil, as campanhas #ModaSemVeneno e #Canhamoérevolução promovem informações e conteúdos para que a produção de fibras seja repensada, considerando oportunidades que sejam de fato sustentáveis.
Para se envolver com a campanha, o Fashion Revolution disponibiliza ferramentas para as pessoas escreverem aos legisladores locais, pedirem maior transparência na cadeia produtiva da moda, apoiar pequenos negócios e criarem suas próprias histórias, se reconectando com as roupas que usam todos os dias. ‘’A programação, disponível no site e nas redes sociais, está sendo construída colaborativamente pelos mais de 60 representantes locais e mais de 100 embaixadores (estudantes e docentes), além dos conteúdos disponibilizados pelos parceiros. "A Semana é um convite para todos fazerem parte da revolução, usando este momento como um espaço de trocas, aprendizados e questionamentos, para que assim, seja impulsionada a tão urgente mudança que precisamos no nosso setor e na nossa sociedade", diz Fernanda Simon, diretora da organização no Brasil.
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