Cidades
Sepultamentos para desafogar IML de Maceió são iniciados
Município de Rio Largo enterrou 15 corpos e é o primeiro a contribuir para resolver problema de superlotação no instituto

Rio Largo foi o primeiro município a contribuir para reduzir a superlotação de cadáveres no Instituto Médico Legal (IML), de Maceió, sepultando quinze corpos nessa quarta-feira (20).
Desde 2018, o IML vem enfrentando problemas com o acúmulo de corpos não sepultados, o que prejudica a rotina de trabalho do instituto.
No início desta semana, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL) entrou no caso com o objetivo de solucionar a situação. Dentre as medidas adotadas, a solicitação para que os municípios enterrem os mortos encontrados em cada localidade começou a surtir efeito.
Na segunda-feira (18), 150 corpos se acumulavam no IML de Maceió e a situação ficou ainda mais grave quando um contêiner que acondicionava 50 cadáveres apresentou defeito.
Segundo o diretor do instituto, Diogo Nilo, os corpos precisaram ser redistribuídos em outras câmaras frias, que já se encontravam em seu limite de capacidade, prejudicando a dinâmica de trabalho no local.
O procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, disse que, assim que MP recebeu todas as informações e se reuniu com o secretário de Segurança e a promotora Karla Padilha, foi decidido que não havia tempo para um cronograma de ações. “Então optamos pela praticidade. Contatamos com mais de cinquenta prefeitos e 100% deles já disponibilizaram urnas funerárias e locais para a inumação dos cadáveres provenientes dos seus municípios”, enfatizou.
Restam agora 135 corpos acumulados no instituto
Com o sepultamento de quinze corpos, em Rio Largo, restam 135 cadáveres para serem enterrados. Desses, 60 foram encontrados em Maceió.
Segundo o MP, dentre os municípios que já se comprometeram a realizar o sepultamento dos corpos encontrados dentro de seus limites geográficos estão Atalaia, Barra de São Miguel, Capela, Colônia de Leopoldina, Coqueiro Seco, Delmiro Gouveia, Jequiá da Praia, Maragogi, Marechal Deodoro, Novo Lino, Pilar, São Miguel dos Campos, Satuba, União dos Palmares, Japaratinga, Jundiá e Porto Calvo, que juntos somam 64 corpos.
A Prefeitura de Rio Largo, além de ceder um espaço na área de sepultamento vertical do Cemitério, disponibilizou uma equipe de coveiros para auxiliar o IML.
Segundo o técnico forense do IML, Eduardo Bittencout, “os cadáveres foram colocados um a um em gavetas individuais que foram devidamente identificadas com números de protocolos para posterior exumação”.
Ainda segundo o IML, todos os corpos sepultados na quarta-feira foram devidamente necropsiados, passaram por exames complementares no departamento de identificação humana do órgão, análise antropológica, exame odontolegal, tiveram as digitais coletadas no exame de necropapiloscopia e na necropsia foram extraídas amostras de material biológico para posteriores exames de DNA.
Corpos são acumulados por falta de espaço em cemitérios da capital
Atualmente, o IML de Maceió possui duas câmaras frias para recebimento e armazenamento de cadáveres, sendo uma com capacidade para 72 corpos e outra para 16 em estado de putrefação. Mas, devido ao aumento de corpos não reclamados, alguns até identificados, os cadáveres ficaram acumulados pela falta de espaço em cemitérios da capital.
Desde então, a chefia do IML de Maceió, buscava alternativas para resolver o problema. A principal delas foi provocar o MP e a Secretaria de Segurança Pública (SSP), sugerindo que, em situações como essa, quando o cadáver não for reclamado, seja sepultado no município de origem de seu recolhimento.
O IML também criou o departamento de identificação humana que agiliza a identificação de corpos e realiza buscas pelas famílias.
A Polícia Científica de Alagoas implementou ainda o projeto Desaparecidos que coleta material genético de familiares de pessoas que estão desaparecidas para realizar buscas no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG). Outra novidade implementada pelo Estado de Alagoas foi nomear um comitê gestor estadual de política nacional de busca por pessoas desaparecidas.
Como mais uma alternativa para solucionar a superlotação, a chefia do IML disse que espera agora a formalização do termo de cooperação elaborada pelo MP e que será assinado pela SSP e a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). Quando oficializado, após a realização dos exames cadavéricos e de um prazo estipulado, o termo permitirá ao IML de Maceió e de Arapiraca sepultar o corpo na mesma cidade onde ele foi recolhido.
Por meio de nota, a Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes) informou que já está em tratativas com o IML a respeito do assunto e que as cinco vagas semanais, sendo um sepultamento por dia, como foi acordado com o instituto anteriormente, estão disponíveis.
A nota afirma ainda que o IML tentou alterar a forma inicial do acordo para sepultando de cinco cadáveres em um único dia da semana, o que se mostrou inviável, após tentativas do Município, sendo necessário retornar ao que foi combinado inicialmente.
A Sudes ressaltou que cedeu um espaço em um dos cemitérios para que o IML construísse as áreas de sepultamento com seu próprio recurso, mas que ainda não teve retorno da proposta.
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