Cidades
Obras de contenção são iniciadas na orla de Jatiúca
Segundo Prefeitura de Maceió, onze pontos da capital devem passar por intervenções para conter erosão costeira

Começaram nesta quarta-feira (6) as obras de contenção da erosão marinha na orla de Jatiúca, em Maceió. O avanço do mar vinha provocando estragos no calçadão dificultando a passagem de pedestres e ciclistas. Os trabalhos, segundo a Prefeitura, são emergenciais e devem se estender pelos próximos quatros meses.
Ao todo, onze pontos de erosão foram identificados na capital e ainda de acordo com a Prefeitura de Maceió todos irão receber a contenção conhecida como sandbag.
“Um estudo feito pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) identificou, pelo menos, 11 pontos que apresentam erosão. O município vai adotar como solução a técnica denominada ‘sandbag’, que consiste na implantação de uma estrutura que barra a velocidade das ondas”, diz o órgão.
Conforme explica a Seminfra, o “sandbag” é uma estrutura formada por sacos de areia que são enterrados na faixa de areia impedindo o avanço das ondas. A proteção serve para dissipar a energia do mar. “Naturalmente, esses sacos vão trabalhando e gerando um volume capaz de dissipar a energia desse mar que vem batendo na orla. Após isso, a Seminfra vai refazer toda a estrutura de passeio, calçadão, ciclovia e entregar à população”, explica.
Episódios de erosão são recorrentes no calçadão de praias de Maceió
Episódios de avanço do mar no calçadão têm sido recorrentes na capital. Exemplos disso são trechos da Praia de Ponta Verde, Jatiúca e principalmente no Pontal da Barra, onde a força das ondas durante a maré cheia destruiu parte da avenida.
Sobre o assunto, a Tribuna Independente ouviu especialistas que reforçam a necessidade de realização de estudos e planejamento a médio e longo prazo para que a erosão seja controlada.
Conforme explicou o ambientalista Alder Flores, vários fatores estão relacionados ao processo de erosão registrado na capital alagoana.
“Isso acontece devido a ocupação indevida da faixa de praia. Além disso, a velocidade que a maré avança para Costa é basicamente relacionada à própria questão do degelo. O aumento do nível da maré. O mar sem poder se expandir, sem poder dissipar. É preciso que os governos adotem uma solução conjunta, planejada, com especialistas da área para que façam esses estudos e que se implantem essas obras de engenharia porque retirar algumas construções que estão lá é muito difícil, porque já estão aí há muitos anos. Mas tem que coibir as novas. Não permitir novas invasões da faixa de praia e adotar esse planejamento estratégico através de obras de engenharia compatíveis com cada caso e um planejamento para os próximos 50 anos”, disse.
O ecologista Geraldo Marques afirmou que as mudanças costeiras na capital alagoana vêm ocorrendo ao longo do processo de desenvolvimento da cidade.
“A linha de costa de Alagoas vem sendo perturbada há muito tempo. Para se ter ideia o mar quebrava atrás da Associação Comercial, nos fundos. Aquilo não foi aterro, foi assoreamento a partir da construção do cais do porto. Se passar em frente à Salgema [atual Braskem], você vai ver na área dos pilotis que de um lado há uma larga faixa de areia e do outro há uma faixa estreita, aquilo ali foi assoreamento de um lado e erosão de outro”, avaliou.
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