Cidades
Maceioenses seguem usando máscara mesmo com liberação
Para infectologista, manutenção reflete insegurança da população e período de chuvas que pode elevar casos de doenças respiratórias

Apesar da publicação de decreto estadual pondo fim à obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção contra a Covid-19, em ambientes externos, e de um municipal, que libera o maceioense do uso, tanto em locais abertos quanto fechados, grande parte da população continua usando o equipamento.
A maioria dos estabelecimentos comerciais tem deixado a critério do cliente o uso da máscara. No entanto, funcionários afirmam observar que maioria da clientela vem perseverando na utilização do equipamento. Gerente de uma farmácia no Centro de Maceió, Fernando Fernandes afirmou que a rede em que ele trabalha facultou o uso aos clientes, mas que a maioria chega ao estabelecimento usando a máscara.
No entanto, Fernandes disse que “a orientação aos colaboradores da empresa é para que permaneçam utilizando o acessório. É uma forma de preservarmos a saúde do nosso colaborador, pois, por tratar-se de um estabelecimento do setor de saúde, já existe uma probabilidade maior de contato com o vírus”. Eliane Evangelista, gerente de uma loja de eletrodomésticos, também no Centro da Cidade, disse que o uso da máscara é facultativo à clientela, mas há obrigatoriedade para o colaborador.
“Nós trabalhamos em um ambiente fechado e com ventilação artificial, então o nosso pensamento é que o uso da máscara é necessário”, declarou ela. Érica Maria da Hora, que fazia compras no comércio, disse que vai continuar usando a máscara até se sentir completamente segura.
“Tenho quatro filhos, entre eles, um com quatro e outro com um ano, que ainda não tomaram a vacina. Eu também só vou tomar a terceira dose em abril, então ainda estou insegura”, afirmou. Maria José também faz parte da parcela da sociedade que continua usando a máscara.
“Vou continuar usando até me sentir segura. Até que não haja mais casos”, ressaltou ela. Para a médica infectologista Sarah Dominique, a manutenção do uso da máscara de proteção contra a Covid, de forma espontânea, reflete a insegurança da população. “Ainda que estejamos em decréscimo nos números de Covid, a proximidade do período de chuvas pode trazer um aumento nos casos de doenças respiratórias”.
Ela ressaltou ainda a importância de manter o calendário de vacinação completo. Por meio de decreto, publicado no início da semana passada, o Estado facultou a decisão sobre a obrigatoriedade, ou não, do uso de máscara aos Municípios, que deve levar em conta a situação epidemiológica da cidade.
A ocupação de público em eventos, estabelecimentos e nos transportes coletivos também foi ampliada, por meio do decreto, para a capacidade máxima, porém com uso obrigatório de máscara dentro dos veículos coletivos interurbanos – nos que circulam internamente nas cidades, a decisão é facultada a cada município.
O governador Renan Filho ressaltou que o cidadão tem o direito de escolher continuar usando a máscara para seguir se protegendo em qualquer ambiente, seja aberto ou fechado, entretanto todas as decisões podem ser revistas pelo Governo, caso necessário. “Estamos flexibilizando porque vivemos um período pós-vacina. Mas estamos em plantão permanente, ainda enfrentando uma pandemia, então toda decisão está sujeita a revisão, caso o cenário [epidemiológico] mude”, afirmou.
O secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, explicou que o Governo tomou a decisão com base em análises técnicas. “Ao observarmos os números semanais e a estabilização da pandemia no estado, conversamos com o grupo técnico do Governo para tomar uma decisão prudente e serena, que vem ao encontro do que o Estado de Alagoas vem fazendo ao longo desses dois anos”, disse Ayres.
Os gestores orientam que a população continue se vacinando, especialmente as crianças, a fim de que Alagoas e o Brasil superem o status de pandemia para epidemia e, posteriormente, a Covid vire uma doença endêmica. Alexandre Ayres destacou que o percentual de crianças imunizadas ainda está muito abaixo do necessário. “Sem dúvida nenhuma, o que a gente precisa é se vacinar”, disse o secretário.
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