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Dezesseis casas e onze edifícios foram demolidos no bairro Pinheiro

Mais cinco prédios localizados no bairro do Pinheiro serão derrubados esta semana devido ao risco iminente de colapso

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 01/02/2022 06h37
Dezesseis casas e onze edifícios foram demolidos no bairro Pinheiro
Reprodução - Foto: Assessoria
Desde que o bairro do Pinheiro começou a ser desocupado já foram realizadas as demolições de 11 edifícios e 16 casas. Esta semana os cinco prédios do Condomínio Espanha também serão derrubados devido ao risco de colapso. No bairro do Mutange, o trabalho de retirada de imóveis segue. As demolições no Condomínio Espanha previstas para começar nesta segunda (31) foram adiadas e o início ocorre nesta terça-feira (1º) segundo a Defesa Civil. Um problema num dos equipamentos impossibilitou o início dos trabalhos. Todas demolições são executadas por empresas contratadas pela Braskem. No caso do Pinheiro, as demolições ocorrem de forma emergencial, isto é, por conta do risco de desabamento dado o nível de deterioração das construções. Já no Mutange, os trabalhos atendem cláusulas do acordo de reparação socioambiental assinado entre a mineradora e os órgãos de controle locais que visam recuperar a área por meio de vegetação, drenagem e terraplenagem. Conforme explica o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, o órgão avalia periodicamente a região e ao identificar imóveis com grande nível de comprometimento é recomendada a demolição. “A demolição é recomendada de forma preventiva quando há o risco de colapso, quando os técnicos identificam que devido a descaracterização há comprometimento, porque mesmo não havendo mais moradores na região, ainda existem veículos que circulam, prestadores de serviços de concessionárias, operários da própria Braskem, as equipes de técnicos que fazem o acompanhamento. Então é recomendada a demolição emergencial”. LARGA ESCALA Abelardo Nobre diz ainda que o órgão tem estudado a região e avalia a possibilidade de demolição de mais imóveis. Segundo ele, essas medidas visam também o período chuvoso. “Tem havido demolições no Mutange, um trabalho de drenagem de águas pluviais, com cobertura vegetal por questões de segurança. Agora, nas outras áreas estamos fazendo um levantamento. Há duas atividades: Uma de demolição escalonada, programada no Mutange e outra de forma periódica em imóveis que necessitam urgentemente de demolição. Isso na verdade é algo que precisa ser feito nessa etapa de monitoramento, porque de um primeiro momento se retira a população da área afetada devido a instabilidade, depois se faz a evacuação de toda a área de risco e posteriormente se faz a demolição, mas não pode ser feito uma demolição em larga escala no momento ainda está sendo avaliado. Daqui dois meses começamos o período chuvoso e os imóveis que estão descaracterizados o risco é frequente”, pontua. Trabalhos dependem do poder público   A Braskem afirma por meio de nota que todas as demolições que vem sendo executadas dependem das autorizações do poder público. E que tem sido obedecido um critério de prioridade, isto é, do nível de risco de cada imóvel. “As demolições de edificações desocupadas nos bairros (preservados os imóveis de valor histórico) estão previstas no Termo de Acordo Socioambiental, celebrado em dezembro de 2020, e integram uma série de intervenções sociourbanísticas a serem executadas para promoção do convívio harmônico e seguro da coletividade, e dependem de autorização dos órgãos competentes. A Braskem tem priorizado as demolições emergenciais solicitadas pela Defesa Civil de Maceió, conforme previsto no Termo de Cooperação Técnica 3, assinado entre a empresa e o Município, que indica a DCM como responsável por todas as determinações de demolição dos imóveis que apresentem risco estrutural. Desde então, as solicitações do órgão vêm sendo devidamente atendidas”, diz. No Mutange, quase a metade dos imóveis já foi retirada. “O Projeto de Estabilização e Drenagem da Encosta do Mutange segue ocorrendo conforme o cronograma previsto. Cerca de 45% dos imóveis localizados na área plana da encosta já foram demolidos. Após a demolição total dos imóveis serão feitas obras de terraplenagem, construção de sistema de drenagem e plantio de cobertura vegetal. A previsão é que o projeto seja concluído até o final de 2022”, informa a empresa.