Cidades

Suspensão de Réveillon preocupa setores

“Prejuízos econômicos com a suspensão do Réveillon são incalculáveis”, afirmam segmentos afetados por cancelamento

Por Ana Paula Omena com Tribuna Independente 10/12/2021 07h25
Suspensão de Réveillon preocupa setores
Reprodução - Foto: Assessoria
Na manhã do último sábado (4), o pronunciamento do prefeito de Maceió JHC (PSB), cancelando as festas de Réveillon na cidade pegou muita gente de surpresa. Para alguns setores afetados, como o da indústria de hotéis e da classe musical, a decisão do gestor municipal foi precipitada e classificada como um duro golpe no ramo tão sofrido com a pandemia. Tereza Bandeira, diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas (ABIH/AL), diz que a entidade não apoia a deliberação do prefeito, já que as estatísticas revelam um índice baixo de casos e mortes de Covid-19. “Ninguém sabe ao certo sobre a nova cepa (ômicron). Vários médicos já afirmam que não trará nenhuma gravidade. Então, fazer essa suspensão é trazer um duro golpe a um setor que já sofreu demais”, destacou. “Não apoiamos e achamos precipitada a decisão. Precisamos cobrar que os protocolos sejam executados. Já temos um grande índice de pessoas totalmente vacinadas na capital, 83,26% que traz segurança para que os eventos sejam realizados”, reforçou Tereza Bandeira. Ainda de acordo com a diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas é primordial que se tenha fogos, porque se não ocorrer será um prejuízo maior e só vão saber com o nível de cancelamento das reservas da rede hoteleira. “Caso sejam cancelados será um desastre de cancelamento, ainda não sentimos os prejuízos, pois as festas privadas foram mantidas.”, frisou. Para Gervásio Braz, presidente do Conselho Regional da Ordem dos Músicos de Alagoas (CROMB/AL), os prejuízos são incalculáveis por conta da quantidade de eventos que seriam realizados no fim do ano para a classe musical. SURPRESA “A decisão do prefeito surpreendeu a Ordem dos músicos e com certeza o setor sentirá bastante. Ainda não sabemos se de fato os eventos privados serão mantidos, bem como, qual será a quantidade de pessoas. Não temos como mensurar o valor do prejuízo, mas seguramente será expressivo para a classe musical”, ressaltou o representante do CROMB/AL. No entanto, Gervásio Braz destacou que a categoria não pode ser irresponsável tendo em vista que a pandemia ainda não acabou, assim como a chegada de novas variantes como a ômicron, por exemplo. “Se brincarmos hoje poderemos ter um prejuízo maior ainda amanhã, nós entendemos a situação e apoiamos a decisão do prefeito, porém com algumas ressalvas, de que poderia ter sido feita de uma forma diferente com a exigência do comprovante de vacinação, testes, entre outros”, salientou. Para o setor de bares e restaurantes o cenário segue o mesmo tendo em vista que somente as festas públicas foram canceladas. “As festas privadas em barracas de praia, Beach club, bar, restaurantes e baladas vão ter normalmente, o que foi suspenso, até então, foram as festas públicas, nos sete polos que eram divididos da capital [Maceió]”, observou Brandão Júnior, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Alagoas (Abrasel/AL).