Cidades

“Entidades não zelam pela atividade agronômica”

No Dia do Engenheiro Agrônomo, críticas são por não cumprirem finalidade

Por Redação 12/10/2021 13h07
“Entidades não zelam pela atividade agronômica”
Reprodução - Foto: Assessoria
Nesta terça-feira, dia 12 de outubro, feriado de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil e Dia das Crianças, também é comemorado o Dia do Engenheiro Agrônomo. A data é dedicada a homenagear o profissional e marca a regulamentação do exercício da profissão, feita pelo Decreto 23.196/33. No entanto, em Alagoas, muitos profissionais afirmam que não há o que ser comemorado, e criticam a atuação das entidades que deveriam buscar melhorias para o setor. Segundo Marcos Antonio Dantas de Oliveira, mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Alagoas (Uneal) e graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, não faltam observações em relação à atuação das entidades que deveriam zelar pela categoria e buscar conquistas. Dantas pontua que o Conselho Federal de Agronomia, Engenharia, Geografia, Geologia e Meteorologia - Confea e seus Conselhos Regionais/Crea, tem como finalidade regular e fiscalizar o exercício profissional e garantir que o exercício desses profissionais habilitados se realize, de maneira segura, confiável e ética, em benefício da sociedade. Mas, não é o que estaria acontecendo. Críticas “O Confea, uma autarquia federal, que exerce o papel de primeira instância, e o Crea, que exerce o papel de segunda instância, não têm cumprido com eficácia sua finalidade, objetivo e atribuições, regulando e fiscalizando, garantindo e habilitando o exercício profissional com a missão de defender a sociedade da prática ilegal das atividades abrangidas pelo Sistema Confea/Crea’’, pontua Marcos Antonio. Ainda segundo o profissional, O Confea/Crea, é um serviço público e tem a obrigação de regular e fiscalizar o exercício profissional que apresenta baixa eficácia nos resultados de suas atribuições, por não ter combatido eficientemente, o mau exercício das atividades profissionais, também por não habilitados ou leigos, devido baixo número de fiscais. “A sociedade, em geral, não conhece e não confia ou conhece e não confia, na missão do sistema Confea/Crea. As organizações que integram o sistema têm dificuldades para inculcar a ética como bem individual com repercussões e responsabilidades nas atividades e ações desenvolvidas pelas pessoas e empresas na bacia hidrográfica’’. Dantas expõe que um serviço público octogenário, com tantas gerações de eleitos e eleitores, de dirigentes e de conselheiros ainda não zelam pela ética no exercício profissional do engenheiro, geólogo, geógrafo e meteorologista, nem defender e proteger à sociedade. “Agronomia pensada com planejamento no Estado” A engenheira civil e presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia em Alagoas (Crea/AL), Rosa Tenório, explicou para a reportagem do jornal Tribuna Independente que a agronomia vem sendo pensada com planejamento. “A agronomia vem sendo pensada com muito cuidado e planejamento em nossa gestão do Crea-AL. Após ouvir demandas da categoria, por meio das entidades representativas, estaremos promovendo, nesta quinta-feira (14), a instalação do Fórum Alagoano de Agronomia”, comenta Rosa Tenório. Segundo ela, o evento reunirá os principais especialistas e autoridades do ramo no estado para discutir assuntos pertinentes, como as políticas de aplicação dos defensivos agrícolas e administração da água do Canal do Sertão. “Serão assuntos que, com toda certeza, terão a contribuição técnica dos profissionais do Conselho”, pontua Rosa. Ela finaliza dizendo que no Crea/AL existe a Câmara Especializada de Agronomia, que tem uma função fundamental nas demandas do órgão e da categoria. “A nossa câmara, a Ceagro, é encarregada de nortear a nossa fiscalização, que vem atuando firmemente no combate ao exercício irregular da profissão’’.