Cidades

No Brasil, cerca de 40% da água potável sofre desperdício

Agreste Saneamento reforça a necessidade de práticas de consumo consciente para reduzir este índice, que no Nordeste é maior do que a média nacional

Por Assessoria 29/07/2021 10h12
No Brasil, cerca de 40% da água potável sofre desperdício
Reprodução - Foto: Assessoria
Em todo o país, cerca de 40% da água potável sofre algum tipo de desperdício. Os dados são do Instituto Trata Brasil e chamam atenção para a necessidade de práticas sustentáveis, para que o recurso seja utilizado com cada vez mais racionalidade. O volume de água desperdiçada corresponde ao suficiente para abastecer mais de 63 milhões de brasileiros em um ano, segundo o Instituto. O indicador coloca o país em 5° lugar na América Latina no ranking de perdas do recurso. A região Nordeste concentra perdas que chegam a 45%, mais que a média nacional, daí a importância de falar sobre o assunto. Conforme explica a diretora geral da Agreste Saneamento, Angela Lins, trazer luz ao tema ajuda a conscientizar e fomentar o uso sustentável. “O primeiro passo envolve a compreensão de que a água é um bem essencial e finito. Deve ser gerido com planejamento e eficiência, em qualquer etapa de uso ou finalidade, para um aproveitamento cada vez mais consciente. Mais que uma questão de políticas públicas, precisamos identificar o que nós, enquanto cidadãos, podemos fazer para evitar os impactos dessa perda. E enquanto instituições, como a preocupação com o meio ambiente tem sido encarada?”, questiona. A gestora salienta que o trabalho realizado pela empresa nos dez municípios alagoanos e que beneficia cerca de 400 mil moradores envolve o comprometimento com a qualidade do recurso e com boas práticas socioambientais. “Cuidar da água é um hábito que reflete na saúde das pessoas e na preservação ambiental. Está presente em nosso DNA. Sabemos que o saneamento básico está diretamente relacionado com a preocupação com a natureza”, enfatiza. CONSUMO CONSCIENTE Apesar de o consumo médio de água no país ser de 154 litros por dia – 34 litros acima do que a Organização das Nações Unidas (ONU) considera necessário para suprir as necessidades básicas humanas –, ao mesmo tempo, 35 milhões de pessoas ainda sofrem com a escassez hídrica. Angela Lins alerta que quanto maior o controle sobre o recurso e as atividades ligadas ao consumo, melhor o aproveitamento. “Observa-se que tanto nas realidades onde há escassez, quanto em cenários de desperdício, o consumo pode vir de fontes não confiáveis, por isso a importância da universalização do saneamento para que se encontre um ponto de equilíbrio, com água de qualidade, serviços passíveis de regulação e fiscalização”, argumenta. O consumo responsável envolve práticas simples que podem ser incluídas ou reforçadas no dia-a-dia como reutilizar a água do chuveiro ou máquina de lavar roupa para lavar terraços, paredes, pisos e carros; realizar revisões periódicas nos encanamentos para evitar vazamentos e fechar bem as torneiras e chuveiros quando não estiverem em uso. Outro hábito algumas vezes esquecido é verificar a caixa d’água: além de identificar possíveis perdas é importante higienizá-la para garantir a qualidade da água consumida na residência. A busca por melhorias operacionais compõe o cardápio de iniciativas para assegurar a regularidade do abastecimento. Ações como combate a perdas e o uso de sistemas inteligentes preditivos para promover uma melhor eficiência das redes de distribuição são algumas das medidas adotadas. Nesta batalha, a população tem um papel importante. Muitas residências ainda não possuem reservatórios individuais para armazenamento. Em outra vertente, é necessário ainda que as pessoas adotem cada vez mais, e não apenas nas estiagens, o combate ao desperdício da água, que precisa ser usada de forma racional. A atenção para o uso sustentável dos recursos hídricos é um caminho necessário, e sem volta, que necessita da união de esforços das empresas, dos governos e das pessoas. Somente assim poderemos assegurar nosso bem-estar diante deste novo normal ditado pelas mudanças climáticas.