Cidades

Sinteal promove campanha em prol da vacinação

Entidade dos trabalhadores da educação sugere punição dos órgãos públicos para quem se recusar a ser imunizado

Por Texto: Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 10/07/2021 13h10
Sinteal promove campanha em  prol da vacinação
Reprodução - Foto: Assessoria
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) admite que o poder público venha a executar medidas mais duras aos profissionais da educação que se negaram a receber a vacina contra Covid-19. A recusa foi alvo de recomendação expedida pelo Ministério Público Estadual (MPE) esta semana. Para a presidente do Sinteal, Consuelo Correia, é preciso que haja uma responsabilização a quem deliberadamente não aceitar a vacinação. “É preciso sim uma medida mais enérgica pelo estado e pelos municípios. Acredito que nós que defendemos a vida precisamos ter medidas mais enérgicas para manter esse equilíbrio que assegure a minha vida e dos demais que estão dentro do trabalho. Transmitir o vírus, colocar em risco a vida dos outros é uma irresponsabilidade. No sentido de negar o direito a essa pessoa de ter acesso ao espaço do trabalho, porque põe em risco a saúde dos outros, aí tudo bem, de responsabilizar sim, é preciso tomar providências, chamar para conversar, mas não defendemos demissão, no momento em que vivemos é muito difícil. Mas não acho possível que as pessoas se neguem a tomar vacina e não sejam responsabilizadas”, afirma a sindicalista. Segundo Consuelo, não há registros na entidade de profissionais que tenham se recusado a tomar a vacina, apenas um contato de um profissional, mas que não chegou a ser concretizado. “Tivemos conhecimento de um caso de um servidor que procurou o sindicato porque não queria tomar, mas foi orientado a se vacinar, mas além disso não chegou outro caso, foi o único. A orientação que nós demos é que a vacina salva vidas, é algo que salva vidas e tem comprovadamente reduzido o número de mortes, não da maneira ideal, mas tem reduzido e o negacionismo da ciência fez com que mais de meio milhões de pessoas fossem “, diz. Na recomendação, o MP aponta a necessidade de o poder público tanto na esfera estadual quanto na municipal adotarem medidas como instaurar sindicâncias para apurar conduta dos profissionais que recusarem a vacina até afastamento das funções. “[Que] instaurem sindicância ou processo administrativo disciplinar contra os profissionais de educação da rede municipal ou estadual de ensino que se recusarem a se vacinar, assegurando-se o contraditório e a ampla defesa, para averiguar se o servidor/funcionário possui alguma condição pessoal de saúde, devidamente amparada em documento médico, que justifique a sua recusa à vacinação e possibilite-lhe o trabalho remoto, adotando, concomitantemente, posturas de conscientização sobre a eficácia, segurança e contraindicações dos imunizantes; com a retomada híbrida das atividades escolares, que já é uma realidade em muitos municípios alagoanos, acaso se trate de profissional da educação com vínculo precário (temporários), sem o amparo de justificativa médica de recusa à vacinação, promovam a substituição do servidor, obedecendo-se as normativas de regência; com a retomada híbrida das atividades escolares, acaso se trate de profissional da educação com vínculo efetivo, sem o amparo de justificativa médica de recusa à vacina”, afirma o procurador geral de justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque. Além disso, o MP quer que o poder público adote providências para conscientizar os trabalhadores a promoverem campanhas educativas sobre a importância da vacinação, sobre como se proteger e evitar possível transmissão da COVID-19, em especial, voltadas aos que oficiam em escolas públicas municipais e estaduais; monitorem a vacinação dos profissionais da educação”, destaca. Procurada, a Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed) informou que não há registros de profissionais que se recusaram a tomar a vacina contra a Covid-19. “A Secretaria Municipal de Educação informa que vem monitorando, mas não houve nenhum registro de docente da rede que tenha se recusado em ser imunizado contra a Covid-19”, informa em nota. A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) também foi procurada, mas até o fechamento desta edição não houve retorno da demanda.