Cidades

Servidores da Educação de Maceió paralisam atividades por reajuste salarial

Um ato está marcado para esta terça-feira (22), em frente à Prefeitura de Maceió, em Jaraguá

Por Assessoria 21/06/2021 11h49
Servidores da Educação de Maceió paralisam atividades por reajuste salarial
Reprodução - Foto: Assessoria
Em assembleia virtual realizada pelo Sinteal nesta quinta-feira (17), as/os trabalhadoras/es em educação da rede pública municipal de Maceió aprovaram, por 93% de concordância, proposta de paralisação de protesto, no início da próxima semana (dias 21 e 22 de junho), diante da falta de respostas e da enrolação do prefeito JHC quanto à pauta da campanha salarial 2021 da categoria, além de definições sobre aquisição e oferta de equipamentos tecnológicos e de internet para a educação remota e atividades técnico-administrativas. Na 3ª feira (22/06), às 9h, será realizado um ato de protesto e cobranças em frente à Prefeitura de Maceió, no bairro de Jaraguá, respeitando todos os cuidados de distanciamento e segurança à saúde na luta contra a pandemia da covid-19. Ficou decidido que todos vestirão roupas pretas, simbolizando a transformação do luto em luta. Outra proposta encaminhada pela base é a realização, mesmo no recesso escolar, de uma nova assembleia virtual, para decidir sobre um possível indicativo de greve. O ato público na terça será construído com os Grupos de Base do Sinteal, novo instrumento de organização do Sindicato com trabalhadoras/es da base de Maceió. Neles, as/os diretoras/es do Sinteal consultarão com a base sobre formato e organização do ato. Antes da participação virtual das/os trabalhadoras/es da base na assembleia, a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia, fez uma ampla abordagem de toda a luta do sindicato e da categoria, denunciando que a postura da Prefeitura de Maceió “é, infelizmente, de muito descaso e enrolação”. Ela lembrou que a data-base da categoria é janeiro, e que o Sinteal, em dezembro de 2020, antes mesmo da posse da nova gestão, já havia construído ofício da campanha salarial 2021, entregue imediatamente à nova gestão. Consuelo lembrou que o prefeito JHC, foi eleito empunhando a bandeira da “valorização dos servidores/as públicos/as”, e, segundo a presidenta do Sinteal, isto passa longe de estar ocorrendo. “O Sinteal faz parte do Movimento Unificado dos Servidores, e o que não faltou até agora foi luta. Mas nas chamadas reuniões técnicas, que envolvem a participação da representação dos servidores e os representantes da prefeitura, da parte oficial não há apresentação de números e relatórios, e até há a falta de membros do governo municipal nas reuniões”, disse, indignada. A presidenta do Sinteal reforçou para a plenária virtual que pontos como a recomposição salarial, a reposição inflacionária, o pagamento das progressões (por mérito e titulação) e a oferta de equipamentos de tecnologia e de internet (para todas/os as/os profissionais da educação) estão sendo cobrados intensamente pela entidade à Prefeitura de Maceió e às secretarias envolvidas. Último ponto levantado pela presidenta do Sinteal foi a luta dos precatórios do Fundef, cujo projeto de lei foi sancionado, nesta quarta-feira (16), pelo prefeito de Maceió, e que agora, de acordo com Consuelo, “vai merecer mais luta e mais atenção para o processo que vem a seguir, até, finalmente, o rateio dos recursos para todos os trabalhadores e as trabalhadoras da educação municipais”. Consuelo fez um raio-X da luta jurídica que ainda vai ser enfrentada até a vitória final, e que passa pela homologação na Justiça do acordo entre Sinteal e a Prefeitura de Maceió.