Cidades

MST em vigília no Fórum do Barro Duro pela condenação de assassinos de líder do movimento

Por Redação com Dicom TJAL 30/10/2019 11h26
MST em vigília no Fórum do Barro Duro pela condenação de assassinos de líder do movimento
Reprodução - Foto: Assessoria
Trabalhadores rurais integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) estão de vigília em frente ao Fórum do Barro Duro, onde acontece na manhã desta terça-feira (30) o julgamento dos acusados de assassinar Luciano Alves, também conhecido como Grilo, líder do movimento, morto no ano de 2003, no povoado Folha Miúda, no município de Craíbas, Sertão de Alagoas. José Francisco Silva, conhecido como Zé Catu, seu irmão Francisco Silva, e João Olegário dos Santos começaram a ser julgados desde às 8h, no 3º Tribunal do Júri da Capital. A sessão será conduzida pelo juiz John Silas da Silva, substituto da 9ª Vara Criminal da Capital. [caption id="attachment_336650" align="aligncenter" width="600"] Francisco, Zé Catu e João são julgados pelo assassinato de líder do MST (Foto: Dicom TJAL)[/caption] O julgamento foi desaforado em 2014 após o Ministério Público Estadual alegar que alguns jurados teriam sido procurados e coagidos a mudar seus votos. Na época, o desembargador Fernando Tourinho de Omena Souza decidiu transferir a sessão para Maceió. “Levando em consideração que mais de um terço dos jurados alegaram não ter condições de participar da sessão, tendo alguns sido procurados inclusive por pessoas estranhas, objetivando atingir o resultado do julgamento, é totalmente recomendada a alteração do local”, fundamentou na ocasião. O caso O crime ocorreu em 7 de setembro de 2003, por volta das 22h, em uma estrada vicinal do Sítio São Gonçalo, zona rural de Craíbas. A vítima teria ido a um bar por insistência de Josinaldo José dos Santos, já falecido. Quando estava saindo do local, foi alvejado por tiros disparados por dois homens em uma moto. De acordo com o depoimento de testemunhas, Luciano Alves tinha pretensões de disputar o cargo de vereador de Girau do Ponciano. Seu principal adversário seria José Francisco, o Zé Catu. Dias antes do crime, a vítima teria dito a um amigo que morreria por conta de suas posições políticas.