Cidades

Ações nos parques de Maceió promovem inclusão social

Atividades são coordenadas pela Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável

Por Secom 27/10/2019 15h20
Ações nos parques de Maceió promovem inclusão social
Reprodução - Foto: Assessoria
O trabalho para o desenvolvimento de pessoas com deficiência pode ir bem além das salas de consultas e sessões com profissionais voltados aos avanços nas funções cognitivas, na coordenação motora e na promoção da inclusão social. Neste sentido, o meio ambiente é um aliado e colabora com a melhoria da qualidade de vida. Em Maceió, por exemplo, as atividades realizadas no Parque do Horto e no Parque Municipal têm ajudado crianças, adolescentes e adultos a superar os próprios limites por meio da prática de atividades ao ar livre. As atividades são coordenadas pela Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes), que coordena o Parque Municipal e administra o Horto em conjunto com a Superintendência do Ibama em Alagoas. Titular da pasta, Gustavo Acioli Torres acredita que as reservas são locais propícios ao desenvolvimento das pessoas das pessoas com deficiência não somente pelo contato com a natureza, mas também pelo ambiente desafiador àqueles que contam com apoio de profissionais para o desenvolvimento das habilidades motoras e intelectuais. “O contato com a natureza é comprovadamente um benefício à saúde e pode, sim, proporcionar melhoria na qualidade de vida das pessoas com deficiência ou limitação de mobilidade. Os parques, como reservas ambientais, têm papel importante neste processo e temos não somente realizado projetos de iniciativa da Prefeitura, por meio da Sudes, mas também aberto às iniciativas de associações ou empresas que nos procuram neste sentido. Fizemos adaptações, dentro dos limites e respeitando o ambiente natural, para melhor receber todos os visitantes durante atividades especiais”, afirma Gustavo Torres. Nesta semana, grupos assistidos por instituições de atenção exclusiva às pessoas com deficiência participaram de atividades no Parque do Horto, no bairro Gruta de Lourdes. Na última quarta-feira (23), em funcionamento excepcional, a reserva ambiental recebeu um grupo da Família Alagoana Down (FamDown). O grupo com pessoas de 18 a 50 anos participaram de trilha e conheceram a reserva com o auxílio da equipe de educação ambiental, sob monitoramento dos profissionais da instituição filantrópica. “Ações como esta, com ambiente verde e agradável, são aproveitas e priorizadas por eles. “O contato com a natureza, com as árvores, com os animais e com o sol alivia o estresse, ajuda no desenvolvimento social e até desmistifica a síndrome de down”, ressalta Maria Luiza Duarte, coordenadora da FamDown. O grupo foi ao Parque do Horto por meio de visita programada nas atividades da I Semana Lixo Zero de Maceió, que está sendo idealiza com o apoio da Sudes. Já na quinta-feira (24) e nesse sábado (26), o Horto recebeu uma importante iniciativa de promoção da inclusão social. Trata-se do projeto Eco Judô, promovido conjuntamente promovido pela Federação Alagoana de Judô (Faju) e a Associação Felipe Vasconcelos. No primeiro dia, a realização foi exclusiva às crianças e adolescentes assistidos pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Já no segundo, a atividade foi aberta ao público em geral. “Anualmente, acontece o Dia Internacional do Judô e sempre realizamos ações sociais, algum evento que possa incluir pessoas com deficiência e geralmente direcionado para o publico infantil. Esse ano, o tema foi ‘Plante uma Muda’, fazendo correlação com o meio ambiente e a preservação. A partir disso, pensamos em desenvolver essa ação no Parque do Horto para que pudéssemos incluir não somente as pessoas com deficiência, mas também os familiares. Assim, proporcionamos um momento diferente do cotidiano de treinos e competições e viessem desfrutar do meio ambiente e toda beleza que possui aqui”, disse Felipe Vasconcelos, coordenador de eventos da Faju. As ações de inclusão social também são realizadas no Parque Municipal, em Bebedouro. Segundo o coordenador dos parques, Fábio Palmeira, é importante que as portas das reservas estejam sempre abertas ao trabalho de educação ambiental, de forma irrestrita. “Recebemos nesta semana jovens com síndrome de down e outras pessoas com deficiência, reforçando que a integração do homem e da natureza é importante, inclusive, não só apenas para o conhecimento deles, mas para trabalhar toda percepção e tudo que eles vêem dentro das instituições”, ressaltou. Uma das iniciativas de destaque é o Parque Municipal, que teve a primeira edição idealizada neste ano pela Sudes em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer (Semtel). Seguindo um formato semelhante ao Praia Acessível, o projeto realizou trilha adaptada, bocha, aulas de capoeira e dança, oficina de pintura facial, além de recreação infantil. “O Praia Acessível já é um projeto consolidado e de bastante sucesso, coordenado pela Semtel, e pensamos em um formato semelhante para o Parque, que é um espaço amplo e está disponível para receber todos os maceioenses e turistas. A partir desta iniciativa, ampliamos as ações de inclusão na reserva ambiental e realizaremos o projeto continuamente, sempre com foco nas atividades adaptadas às pessoas com deficiência ou com alguma dificuldade de locomoção. Já estamos pensando na próxima edição”, explica o superintendente Gustavo Acioli Torres. A Uninassau é um dos apoiadores do projeto. Professora de fisioterapia da instituição, Anália Nascimento explicou os benefícios da prática de atividades ao ar livre, conforme a proposta do Parque Acessível. “A partir do momento que a gente consegue fazer com que o paciente saia do seu ambiente de tratamento para um ambiente como este, que vai trazer desafios para ele, conseguimos fazer com que ele tenha uma melhora e se adapte a qualquer situação. Uma coisa é a gente trabalhar em um local que é restrito ao paciente, outra coisa é a gente trazê-lo para vencer um desafio, trabalhando o fortalecimento muscular, a aprendizagem motora, promovendo também a interação social e proporcionando melhorias à reabilitação física”, disse a fisioterapeuta.