Cidades

No entorno de novo viaduto, imóveis são demolidos

Proprietários serão indenizados; prazo para conclusão da obra onde funcionava a PRF é início de 2020

Por Daniele Soares com Tribuna Independente 05/06/2019 08h48
No entorno de novo viaduto, imóveis são demolidos
Reprodução - Foto: Assessoria
Quarenta e quatro imóveis localizados na região onde está sendo construído o viaduto, na antiga rotatória da Polícia Rodoviária Federal (PRF), parte alta de Maceió, começaram a ser demolidos na manhã desta terça-feira (4). A ação é um cumprimento de reintegração de posse solicitada pelo Governo do Estado, e contou com a presença da Cavalaria, Força-Tarefa, BPTran e Radiopatrulha da Polícia Militar de Alagoas. O intuito da construção do viaduto é desafogar o trânsito na região do cruzamento das rodovias BR-316 e BR-104. De acordo com a Secretaria de Estado do Transporte e Desenvolvimento Urbano (Setrand), a desapropriação é necessária para dar continuidade às obras. Conforme o oficial de Justiça que foi cumprir os mandados, Gustavo de Macêdo, para concluir a obra é necessário a demolição de uma determinado espaço que está dividido em quadrantes. E o imóvel que estiver ocupando esse espaço precisa ser desapropriado e demolido. “Nesta terça-feira o quadrante mais resistente (com maior número de casas residenciais) foi demolido. Já na quarta-feira será a vez de outro. Os outros dois quadrantes são de terreno de empresas e será feito o recuo dos muros e eles também serão indenizados pelo estado”, informou Gustavo. Segundo o aspirante Brandão, do Regimento de Polícia Montada, o efetivo se fez necessário para qualquer tipo de necessidade ou resistência. “Se for preciso interditar alguma via ou diminuir o fluxo de carros, estamos prontos para agir, bem como se houver algum tipo de reação da população, porém, até o momento não foi necessários equacionar nenhuma situação. Tudo está tranquilo e não tivemos problemas”, informou. Sem alternativa, proprietários aguardam indenização   Ainda no início da demolição, o oficial de Justiça Gustavo de Macêdo foi ao local acompanhar de perto as ações. Ele informou que havia falado com os moradores e proprietários há 20 dias para apresentar a todos as determinações da Justiça e que os mandados deveriam ser cumpridos, mas que todos seriam indenizados. Valter Oliveira, proprietário de um imóvel que servia como comércio há cerca de 20 anos, disse que foi avisado fazia dias e já estava esperando essa movimentação. “Já sabia dessa demolição e, da minha parte, não houve resistência. Mesmo se houvesse eu sei que não adiantaria muita coisa porque a situação não iria mudar. Espero que esse viaduto melhore porque a gente nunca sabe se o resultado vai ser como o esperado”, disse o proprietário. [caption id="attachment_304968" align="alignleft" width="200"] Senhor José Quintino, de 85 anos, disse que vai usar indenização para consertar a frente da sua casa (Foto: Edilson Omena)[/caption] Outro proprietário de imóvel, o senhor José Quintino de 85 anos, mora na residência que teve a frente demolida, há cerca de 30 anos. Ele informou à equipe da Tribuna Independente que está gostando da construção do viaduto, e vai aproveitar a indenização para fazer reformas em sua propriedade. “Estou achando tudo muito bonito, desde manhã que fico aqui sentado só olhando. A gente não tem escolha, né? Tem que aceitar. Não sei se vai ser bom, (diz seu José a respeito da construção do viaduto), mas espero que as coisas melhorem”, informa. Quando questionado sobre a indenização ele logo responde. “Vou pegar o dinheiro e ajeitar a frente da minha casa, o bom é que quebraram somente a calçada e o muro, não vai fazer falta, não. O resto da minha casa está inteirinho aqui pra trás”, conclui o morador. De acordo com a Secretaria de Estado do Transporte e Desenvolvimento Urbano (Setrand), 43% da obra está concluída e a previsão de entrega é no primeiro trimestre de 2020.