Cidades

Solução para solo de bairros afetados por rachaduras pode custar R$ 2 bilhões

Pesquisador afirma que preenchimento dos vazios é possível e poderia colocar fim no processo de rebaixamento do terreno

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 10/05/2019 08h21
Solução para solo de bairros afetados por rachaduras pode custar R$ 2 bilhões
Reprodução - Foto: Assessoria
O pesquisador e professor Abel Galindo, que teve sua tese confirmada pelo relatório técnico de estudos do Serviço Geológico do Brasil afirmou à Tribuna Independente que uma das soluções possíveis para o rebaixamento da região do Pinheiro, Bebedouro e Mutange é o preenchimento dos vazios com uma substância semelhante ao concreto. O custo da operação, segundo ele, seria em torno de R$ 2 bilhões. “Basta que essas cavernas sejam preenchidas com algo, tipo concreto. Essa figura bate com as cavernas apresentadas ontem pelo Thales da CPRM. A parte branca é o vazio (cavernas) que precisam ser preenchidas. O custo seria de cerca de R$ 2 bilhões”, avalia o pesquisador. Galindo já havia lançado essa solução no início de março, em entrevista à Tribuna. Agora, ele reforça a ideia de que uma solução para o bairro é possível e viável de ser realizada por empresas nacionais. “A Petrobras e outras grandes empresas do Brasil têm tecnologia suficiente”, esclarece. Desde o início do ano Abel Galindo vem defendendo que haveria chances de recuperar o solo da região, mesmo sendo uma situação classificada como “gravíssima” por ele mesmo.  O pesquisador já havia adiantado que a depender do tamanho dos vazios o processo seguiria para a estabilização. Na audiência pública da última quarta-feira, o CPRM informou que não cabe ao órgão dar soluções de engenharia. Conforme o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, uma força-tarefa de especialistas em engenharia civil deve ser formada para avaliar os danos e quais soluções são possíveis para o caso. Entretanto, a definição de soluções depende também da entrega completa dos sonares das 35 minas da Braskem. Até agora a empresa só disponibilizou dados de 8. A dificuldade de entrega segundo a mineradora se dá pela instabilidade do solo que dificulta o acesso aos poços já desativados.