Cidades

Por piso salarial, Sindjornal vai ao MPT

Empresas de comunicação propuseram redução do piso salarial dos jornalistas em cerca de R$ 1.400

Por Redação com Tribuna Hoje 29/04/2019 11h42
Por piso salarial, Sindjornal vai ao MPT
Reprodução - Foto: Assessoria
Uma representação do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) foi ao Ministério Público do Trabalho (MPT) na manhã desta segunda-feira (29) para pedir sua intermediação nas negociações com as empresas de comunicação do estado. Segundo Izaías Barbosa, presidente do Sindjornal, as empresas de comunicação se negaram a negociar a proposta apresentada pelos trabalhadores nas negociações salariais da data-base da categoria. “No nosso dissídio coletivo, as empresas já adiantaram que não o aceitam, mas não apresentaram contrapropostas. Elas vieram com outra, sem discutir a nossa. Com o MPT a gente quer uma intermediação”, comenta Izaías Barbosa. O Sindjornal propôs a reposição da inflação entre 1º de maio de 2018 e 30 de abril de 2019, mais 5% de ganho real. Porém, as empresas propuseram redução de cerca de R$ 1.400 do piso salarial da categoria, atualmente em torno de R$ 3.500 em Alagoas. “Mas as empresas querem reduzir o piso, o que a categoria recusou, rechaçou. Ninguém aceita discutir redução do piso”, completa o presidente do Sindjornal, que realizou uma assembleia em sua sede no último sábado (27). PROTESTOS Ainda de acordo com Izaías Barbosa, o Sindjornal pretende realizar uma série de manifestações caso as negociações não avancem. “Vamos realizar uma série de protestos para mostrar à sociedade o que está acontecendo nas empresas, o massacre que querem fazer com a categoria, precarizar de vez a nossa profissão. Já vamos começar no 1º de maio”, diz o sindicalista. MPT O procurador-chefe do MPT em Alagoas, Rafael Gazzaneo, foi quem se reuniu com o Sindjornal. Ele ouviu as queixas apresentadas e adiantou que a instituição vai acompanhar o caso de perto. “O MPT vai atuar no dissídio coletivo, acompanhando a negociação preliminar entre as partes e, assim que o dissídio chegar ao MPT, será designado um procurador do Trabalho responsável por acompanhar o processo. O MPT não vai medir esforços para ajudar na negociação entre as partes”, diz Rafael Gazzaneo.